Uma comunicação objetiva é indispensável para manter o ambiente de uma empresa produtivo. O profissional precisa ser claro com seus colegas para resolver problemas recorrentes, e não adianta esperar que os outros descubram sozinhos o que você quer dizer. Cada pessoa tem um jeito diferente de se comunicar, o que pode atrapalhar o andamento do trabalho. Mas existem técnicas para mudar o comportamento e tornar-se uma pessoa assertiva, ou seja, que sabe se expressar e não tem medo de fazer questionamentos para conseguir mais informações.
Para a psicóloga organizacional Irene Otero Duran, sócia da Exodus Consultoria e Treinamentos, grande parte dos problemas de comunicação nas empresas ocorre por falta de assertividade. "Evitar mal-entendidos, boatos e intrigas agiliza os processos, mas as pessoas não têm objetividade, são prolixas. Ser assertivo é ser franco, objetivo e adequado", explica. Segundo ela, existem quatro perfis básicos que mostram como as pessoas se comunicam. O tipo "Agressivo" acha que é um bom comunicador, mas ele não fala de maneira adequada. O "Passivo" nunca expõe suas idéias, o que o faz reprimir seus sentimentos e chegar a um ponto em que pode "estourar".
Já o perfil "Agressivo/Passivo" é a mistura dos dois primeiros e o que caracteriza a maior parte dos brasileiros, de acordo com Irene. "É a pessoa que fala tudo o que precisa, mas para a pessoa errada. Está sempre reclamando da conduta dos outros para os colegas que não têm nada a ver com o assunto."
O quarto perfil é o "Assertivo", aquele que fala de forma adequada, ou seja, que prima pela objetividade. Ele está embasado em dados, expressa como determinada questão interfere na empresa, mostra sugestões de resolução e prevê as boas conseqüências se um problema for resolvido. Esta é a técnica DESC Descrever, Expressar, Sugerir e Analisar as Conseqüências Positivas , defendida por muitos autores como uma das mais eficazes. (veja gráfico).
A coach Nair Onofre define comunicação assertiva como "ser claro para dizer o que você quer e saber o que o outro deseja". Só que isso não fica só nas palavras. "As pesquisas mostram que 7% do impacto causado na comunicação ocorre pelas palavras. Os outros 33% se dão pelo volume, ritmo e tom de voz e outros 60% por gestos. Ou seja, 93% do que comunicamos não são entendidos pelas palavras", lembra.
Por isso é importante enfrentar crenças, medos e insegurança para ter uma postura condizente com determinada situação. "Não fazer julgamento precipitado e ter foco no aqui e agora ajuda", diz.
Nair cita um exemplo hipotético. Imagine alguém que chega atrasado em uma reunião e sabe que o chefe odeia isso. "Imediatamente você pensa que ele não gostou. Depois, ele olha para você e fala com um gerente. No outro dia, ele te dá um projeto para fazer e você acha que é um castigo, mas isso é apenas suposição", explica. Pode parecer difícil e delicado, mas o certo é esclarecer o que gera dúvida. Novamente, a técnica DESC ajuda.
Outra psicóloga organizacional, Jocely Burda, acrescenta que a comunicação é ainda mais importante quando se trabalha em equipe. "O que prevalece é o nós, senão a equipe vira somente um grupo, onde cada um cumpre sua tarefa sozinho", diz. Por isso quem está na posição de líder deve tomar um grande cuidado para ser claro, mostrar-se disponível para esclarecimentos e ficar constantemente perguntando aos seus subordinados como está o trabalho.
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Serviço: Exodus Consultoria e Treinamentos (41) 3272-5182 www.exodusconsultoria.com.br; Nair Onofre (41) 3257-5733 www.nairon.com.br; Jocely Burda jocelyburda@hotmail.com (41) 9103-6546.