Os técnicos da Receita Federal fazem uma paralisação nos próximos três dias. Nesta quarta, quinta e sexta-feira os servidores cruzam os braços e deixam de atender boa parte da população que deve procurar os serviços da Receita durante a paralisação. Em Curitiba, neste primeiro dia de manifestação, os técnicos se concentram em frente ao Ministério da Fazenda. Eles montaram uma estrutura da som para o protesto.

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"Distribuiremos panfletos e ergueremos faixas para mostrar à população o nosso protesto", disse o presidente do Conselho Estadual de Delegacias Sindicais do Paraná, João Caputo de Oliveira. Apenas os casos mais graves deverão ser atendidos na Receita. Cartazes foram colocados no final do expediente de terça avisando sobre a paralisação.

A manifestação não deve parar o atendimento por completo. Os técnicos são os principais responsáveis pelo atendimento à população, mas outros profissionais também realizam esse trabalho. Oliveira afirma que houve um contato telefônico feito pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. "O secretário ligou para o nosso sindicato. Ele garantiu que alguma coisa ia ser feita, mas não deu nem detalhes nem a data. Não podemos parar uma mobilização como essa baseados em achismos".

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A assessoria de imprensa da Receita Federal disse que a Receita não irá se pronunciar sobre o caso.

MotivosO sindicato da categoria afirma que a idéia proposta pelo governo é interessante, mas vai lutar para corrigir algumas distorções. "De acordo com o projeto da Super-Receita, haverá uma unificação entre os cargos de auditores, a criação do cargo de apoio administrativo e os técnicos serão completamente esquecidos", afirmou Oliveira.

Os técnicos afirmam que, à exceção da assinatura de autos de infração, eles desenvolvem o mesmo trabalho que os auditores, mas a diferença salarial é muito grande e mesmo com a criação da Super-Receita, essa distorção continuara. "Nós, técnicos, ganhamos menos da metade do que os auditores. As duas categorias são para profissionais de nível superior, mas mesmo assim somos marginalizados", disse.

O que os técnicos querem, segundo Oliveira, é que "com um salário mais justo e a criação de alguns mecanismos haja um combate efetivo aos carequinhas que têm por aí (referindo-se ao publicitário Marcos Valério). Queremos uma receita ágil, capaz e que de uma resposta à sociedade contra a corrupção".

Veja como ficou o serviço dos funcionários na manhã desta quarta-feira.

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