Os técnicos da Receita Federal entram no segundo dia de greve de advertência nesta quinta-feira. A adesão no primeiro dia de paralisação em Curitiba, na avaliação dos organizadores, foi de cerca de 90%. A categoria reivindica uma salário mais justo e a criação de mecanismos contra a corrupção.
Reunidos desde as 8 horas da manhã, os funcionários da Receita ergueram faixas, distribuíram panfletos e pipoca às pessoas que procuravam os serviços da Receita. "O primeiro dia foi muito bom. Conseguimos chamar a atenção de quem gostaríamos. A adesão em Curitiba foi muito boa e no país todo, cerca de 95% dos servidores aderiram à paralisação", afirmou João Caputo de Oliveira, presidente do Conselho Estadual de Delegacias Sindicais do Paraná.
Muitas pessoas foram surpreendidas pela manhã e sem saber da greve, algumas ficaram revoltadas. "As pessoas têm que entender que jamais seremos contra a população. Todos os casos urgentes foram atendidos e será assim durante os três dias de mobilização", disse Oliveira.
Segundo Oliveira, o governo federal procurou os grevistas e sinalizou com uma possibilidade de acordo. "A principal novidade pode ser a transformação da idéia da Super-Receita em projeto de lei. Daí sim, podemos discutir uma proposta melhor para nossa categoria".
Nesta quinta a manifestação está programada para 9 horas. "Deixaremos falar todos os que quiserem falar. É um ato público para esclarecer a população sobre os nossos interesses", conclui Oliveira.