A assinatura básica da telefonia fixa poderá ficar até 50% mais barata para as classes de menor poder aquisitivo. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, reúne-se nesta quarta-feira com as operadoras para discutir o preço da assinatura (hoje em torno de R$ 40) do telefone popular, voltado para quem ganha até três salários-mínimos. O ministro disse nesta terça-feira que a medida beneficiaria 35 milhões de pessoas e significaria mais 20 milhões de telefones fixos.
- Estamos sugerindo o melhor caminho para que a classe de três salários-mínimos para baixo seja beneficiada - disse o ministro, que participou de audiência pública na Comissão de Educação do Senado sobre TV digital.
Para Hélio Costa, a redução no valor da assinatura tem que ser dada sem alterar as vantagens atuais. A franquia de 100 pulsos não deverá ser modificada. Segundo o ministro, por causa do valor da assinatura mensal, há cinco anos existiam cerca de 40 milhões de telefones fixos no país e 20 milhões de celulares. Hoje, são os mesmos 40 milhões, ou até menos, e mais de 75 milhões de telefones móveis. Ele disse ainda que a população de menor poder aquisitivo tem preocupação em usar o telefone e ultrapassar os 100 pulsos de franquia.
- O telefone de pobre é chamado de "Pai de Santo", só recebe. Ele tem medo de usar - disse ele.
Hélio Costa afirmou ainda que está fazendo um apelo aos governadores para reduzirem o ICMS incidente sobre a assinatura mensal. Para ele, isto reduziria ainda mais o valor da assinatura.