Esta sexta-feira foi marcada pelo desespero de investidores da Avestruz Master que passaram a temer um eventual calote ao darem de cara com as portas fechadas da empresa. O eletrotécnico Elington Sachi da Silva, que investia no negócio a mais de um ano, procurava informações no Ministério Público Estadual de Goiás.
- Somando os investimentos da minha família, colocamos lá cerca de R$ 65 mil - disse, segundo o jornal Folha de Tocantins.
Segundo ele, seus familiares chegaram a desconfiar quando a Comissão de Valores Mobiliários emitiu alertas sobre os riscos do investimento, no início do ano, mas continuaram apostando no filão.
Com Cédulas de Produto Rural nas mãos, o dono de uma chácara Uzias de Paula Ferreira disse que havia aplicado R$ 200 mil dos filhos, que trabalham nos Estados Unidos, no negócio.
- Vamos esperar agora e ver no que dá - disse.
Na fazenda da Avestruz Master localizada a dez quilômetros de Araguaína, no Norte de Tocantins, clientes investidores foram até o local para retirar qualquer coisa que pudesse amenizar um possível prejuízo, levando animais, materiais da fazenda e outros pertences.
Um caminhão foi levado para ajudar na retirada dos animais, que foram encapuzados par não ficarem estressados. As pessoas tiravam tijolos, janelas, tudo que pudesse ser revendido.
Funcionários que trabalhavam na fazenda também informaram que tiveram prejuízos no local, com vários meses de salários atrasados.
O comerciante Diogo Oliveira Valtuille estimou um prejuízo em torno de R$ 28 mil. Além dos animais, ele também investiu na estrutura da fazenda, como postes e cabos.
- Infelizmente nós investimos, fizemos um contrato para 12 aves. Só ficamos sabendo do fechamento da empresa nesta sexta-feira. Minha mãe foi até o local, com um caminhão, para poder levar o que pudesse, até porque nos foi informado que depois que a polícia chegasse no local não poderia ser levado mais nada - contou.
