Tomar decisões: como?

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Muitas pessoas têm muita dificuldade em tomar decisões. Tornam-se ansiosas e angustiadas a cada vez que devem dar a palavra final para algo a ser feito. E depois que decidem ainda permanecem tensas e perdidas entre mil dúvidas.

Em palestras é comum me perguntarem: "Como tomar decisões? Como ter certeza de que foi a melhor escolha? Como explicar ou justificar à equipe?" Ora, não existe receita para respostas adequadas frente a universo tão abrangente, porém um sinalizador pode servir de referência e facilitar o processo de tomada de decisões.

Uma palavra chave frente a qualquer definição é critério, sobretudo quando envolve ou afeta terceiros o que quase sempre acontece, sejam as implicações de natureza pessoal ou profissional.

Critério é o princípio que fundamenta a decisão. F. Fernandes ensina que é "aquilo que serve de norma para o julgamento, a apreciação ou o princípio que permite distinguir o erro da verdade".

Estabelecer critérios significa refletir, pensar e analisar para agir com bom senso e prudência. É o oposto do destempero, da inconveniência. Insensatez é o comportamento do insano, do louco ou do demente, dizem os dicionários.

Pessoas sensatas conseguem defender suas decisões com muita tranqüilidade. Mesmo quando outros discordam, aceitam por respeitarem princípios e normas e, sobretudo, pela franqueza e transparência. Quando se age por critérios claros, torna-se possível justificar ações de forma coerente e se adquire respeito e autoridade.

Não há revolta, oposição, raiva ou mágoa de outros. Pode haver discordância e isso é absolutamente natural, mas permanece o respeito diante de uma função, cargo ou autoridade.

Houaiss ensina que "critério é o fundamento, a base para uma opção e/ou decisão". Refere-se ainda à racionalidade e prudência intelectual.

Considerando que a decisão é um julgamento, nada melhor e mais ponderado do que preparar de maneira lógica várias opções, avaliando-se prós e contras, diante dos quais o processo da tomada de decisão torna-se quase excludente. Ou seja, uma opção será fatalmente a mais viável e a melhor.

Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.brwww.andradevieira.com.br