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Esta história foi enviada por uma leitora e amiga, que teve seu nome alterado para que sua situação profissional atual seja preservada. Ela, como muitas outras pessoas, enfrenta hoje um dilema: abandonar ou não a atmosfera esmagadora da empresa onde trabalha para engrossar as filas de desempregados. Boa leitura!

Suiane é uma profissional dedicada e com autocrítica. Doa tempo e esforço a seu emprego e não reclama por ter que acompanhar com agilidade as exigências do mercado. Mas, faz algum tempo, uma pergunta ecoa dentro dela a todo instante: "O que eu ganho trabalhando aqui?" Após pensar muito a respeito, Suiane percebeu que, na empresa onde atua, as vantagens foram superadas pelos prejuízos.

Essa é a conclusão a que ela chega depois de descobrir um ninho de dissimulações, hipocrisia e covardia que se instalou dentro do grupo (ou que talvez já existisse antes mesmo de sua chegada), pelo qual ela acredita estar sendo contaminada. Dia após dia, ela nota que a empresa recompensa os aduladores e não valoriza o trabalho dos demais. Lá, quando um profissional está certo, ele não faz "nada mais do que a obrigação". Mas, se comete algum erro, é massacrado e criticado até a exaustão.

Embora Suiane saiba que não há emprego perfeito, espera encontrar coragem para deixar sua posição atual e buscar outra colocação. Sua mãe lhe disse uma vez: "Como cada lugar tem seus problemas, é preciso buscar aquele em que os pontos negativos possam ser tolerados ou modificados por nós." Essa declaração tem sido muito lembrada por Suiane e lhe dá a certeza de que ela está, definitivamente, no lugar errado.

Recentemente, Suiane notou uma modificação na estratégia gerencial de sua empresa, que adotou um conceito retrógrado, chamado por ela de "jurássico". Agora, o terrorismo, o desrespeito e a competição desmedida são incentivados dentro da organização, a fim de que mais resultados sejam conseguidos dos colaboradores. A profissional acredita que, com o retrocesso na gestão, em breve as pessoas serão elogiadas pelas "rasteiras" que passarão umas nas outras.

Decepcionada ao extremo, Suiane está à beira de colocar sua vaga à disposição. Ela se encontra em um ponto em que não consegue mais aceitar as afrontas, o descaso e os desaforos. Embora não tenha outro emprego em vista, ela sente que não conseguirá aturar por muito mais tempo a rotina devastadora. Nem mesmo o salário pago a ela, bastante polpudo, controla sua vontade de sair.

Mas como Suiane não previu o que está acontecendo a tempo de organizar sua carreira e buscar nova colocação, restou a ela se atirar ao desconhecido, de olhos fechados. A profissional não tem idéia de quanto tempo ficará desempregada, mas a angústia de permanecer no emprego atual é tanta, que ela prefere o escuro e a incerteza do mercado.

A única convicção da profissional está relacionada aos seus objetivos pessoais. Suiane, a partir da experiência amarga que vivencia, está aprendendo a identificar o que de fato é importante para ela e aonde quer chegar. Agora, mais do que nunca, ela tem buscado força nas palavras de um antigo professor, que a definiu certa vez: "Pessoas como você são como borboletas: passam alegres, coloridas por nossa vida, como se estivessem em um passeio. Existem aqueles que são como tratores - por onde passam destroem tudo, mesmo que não queiram. Uma borboleta jamais se torna um trator e vice-versa, ainda que force sua própria natureza a isso."

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As pessoas possuem características diferentes, que as fazem únicas, especiais. Algumas são mais sensíveis, outras mais fortes e determinadas. Umas são pragmáticas, outras romantizam toda e qualquer situação - e assim por diante. São as distintas qualidades que fazem únicos, também, os profissionais. A capacidade de lidar, de maneira diferente, com cada situação é o que determina a escolha da profissão, do cargo e da empresa onde se pretende trabalhar. Como não é possível ignorar essas diferenças e acreditar que elas derreterão junto com a cultura organizacional, cada profissional deve encontrar um ambiente que favoreça suas características e aptidões para poder se desenvolver plenamente. O contrário pode ser extremamente nocivo, não só para o indivíduo, mas para a empresa, que não conseguirá alcançar metas e resultados. É preciso ter em mente que o profissional que destoa em relação ao clima organizacional não consegue prosseguir com sucesso e, cedo ou tarde, acabará com a auto-estima esmagada como borboletas no pára-brisa.

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SAIBA MAIS...

Boca Limpa, Saúde Total

Desenvolvido há três anos pela Pfizer em parceria com faculdades de várias regiões do País, o "Boca Limpa, Saúde Total" é uma iniciativa que oferece atendimento odontológico gratuito à população carente. O projeto, que já atendeu cerca de 4 mil pessoas desde seu início, estará nos dias 23 de setembro em Porto Alegre, 3 de outubro e 24 de novembro em São Paulo e 10 de novembro em Recife. Nessas datas, as faculdades parceiras promovem um dia dedicado à saúde bucal, quando é realizada por alunos de Odontologia uma palestra na qual se ensina a fazer a higiene oral diária corretamente. Após a palestra, os espectadores passam por um exame clínico odontológico que dá atenção especial às doenças da gengiva, como a gengivite e a periodontite. Na saída desse atendimento, o paciente recebe um kit com um frasco de anti-séptico bucal, escova de dentes, fio dental e um folheto com orientações sobre as doenças da boca e as formas de evitá-las.

Bernt Entschev é presidente do Grupo De Bernt. Empresário com mais de 36 anos de experiência junto a empresas nacionais e internacionais. Fundador e presidente do grupo De Bernt, formado pelas empresas: De Bernt Entschev Human Capital, AIMS International Management Search e RH Center Gestão de Pessoas. Foi presidente da Manasa, empresa paranaense do segmento madeireiro de capital aberto, no período de 1991 a 1992, e executivo da Souza Cruz, no período de 1974 a 1986

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