Duas coisas escapam ao nosso controle. A doença e a morte. Acreditar que tudo é possível nos faz otimistas e confiantes. No entanto, para alguns tudo é difícil, complicado, impossível. Poderiam perceber que a vontade e a decisão dizem respeito ao nosso livre arbítrio. Mas preferem acomodar-se confortáveis em meio a pensamentos que os isenta de responsabilidades diante da própria vida.

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É mais fácil culpar o outro. Lembro-me de um consultor fazendo um trabalho de motivação com gerentes de uma empresa. Abruptamente parou em frente de um deles e perguntou: "Você é feliz?" O homem maduro pensou, coçou o queixo, mexeu-se na cadeira e respondeu que podia ser um pouco mais, mas tinha a mulher, os filhos, o trabalho...

Ora, algumas coisas, situações e pessoas não escolhemos como presentes, doenças, filhos e parentes. Outras nós optamos, como os amigos, a pessoa com quem casamos, a empresa em que trabalhamos.

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Atribuir adversidades, tristezas ou amarguras a terceiros é muito cômodo! Shopenhauer alertava que "todo homem toma os limites de seu próprio campo e visão como os limites do mundo".

Ser feliz dá trabalho. E fazer acontecer também. Dizem os sábios que dinheiro fácil, sai fácil. É preciso saber o que se quer e ir atrás. Isso é uma prática, um exercício diário que exige esforço, sobretudo quando tudo parece dar errado.

Para fazer, basta querer. Um provérbio Zen ensina: "Saber e não fazer, ainda não é saber". Pessoas com boa vontade, disposição, que acreditam em si mesmas podem ser mais eficientes que profissionais de currículo brilhante. Já estive próxima de experiências excepcionais nesse sentido. Pessoas com uma disciplina, garra, persistência e força de vontade capazes de mudar regras e crenças. Jean Cocteau escreveu que "não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez". E pode ser simples assim! Alguns são movidos por crenças e sonhos factíveis e conseguem conquistar e multiplicar milagres. Por tudo isso fico com Thomas Jefferson quando diz: "Eu gosto dos sonhos do futuro, mais do que da história do passado" .

Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.brwww.andradevieira.com.br