Desde 2002 funciona na Universidade Federal do Paraná (UFPR) o mestrado profissional em Desenvolvimento Econômico. Um outro curso, de mesmo nome já existia na modalidade acadêmica, mas o resultado almejado é diferente em cada um. O coordenador, professor Walter Tadahiro Shima, explica que o perfil entre as turmas dos cursos é diferente. "No mestrado acadêmico tem mais recém-formados, pessoas que foram muito bem na graduação e têm mais disponibilidade para estudar. Quem está no mestrado profissional busca uma qualificação para a atividade que exerce com o sentido de usar o conhecimento teórico para explicar a realidade do trabalho", compara Shima.
Mas o curso da UFPR não é aberto a todos profissionais. A primeira turma de Desenvolvimento Econômico foi formada por técnicos servidores do Estado. A segunda, por técnicos da Secretaria de Trabalho e a terceira por funcionários do Banco do Brasil. "Há um corpo de matérias básicas, mas nas optativas tentamos voltar para os assuntos específicos das dissertações", explica. O mestrado profissional, assim como o acadêmico, exige a elaboração de uma dissertação.
Solução para situações reais
O mestrado profissional chegou na hora certa para Vanderligia Costa Sanches. Com 18 anos de carreira no Banco do Brasil, ela é hoje gerente de agência em Joinvile (SC) e aluna do curso de Desenvolvimento Econômico da UFPR. "Dez anos atrás eu tinha planos de fazer um mestrado acadêmico, mas neste momento está sendo ótimo. Sou experiente e tenho maturidade na profissão", afirma.
Seus 24 colegas de turma também são funcionários do Banco do Brasil o que, na avaliação de Vanderligia, é um ponto positivo. "O mestrado acadêmico não tem essa similaridade de interesses. Já o nosso grupo é homogêneo e levamos para a discussão em sala problemas que todos conhecem", explica.
Os conteúdos de economia são direcionados para análise e busca de soluções das situações reais. "A gente traz a teoria para a prática", diz. Em sua dissertação a gerente vai tratar da regulação da concorrência em telecomunicação. Ela pretende investigar em que medida a Agência Nacional de Comunicações (Anatel), que regulamenta o sistema, consegue inibir o poder de mercado e informações assimétricas das operadoras.
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