O Grupo Positivo Educação está negociando a venda dos seus ativos. Isso inclui universidade, colégios, sistemas de ensino e gráfica. É a segunda tentativa, mas desta vez o grupo está disposto a vender os ativos separadamente. As informações são do jornal Valor Econômico .
Segundo fontes consultadas pelo Valor, espera-se que a venda dos colégios e universidade (incluindo a Faculdade Arthur Thomas, de Londrina, adquirida em 2017), os negócios mais atraentes para investidores, levante R$ 650 milhões.
O banco BTG teria sido contratado para mediar a venda há três meses. Lucas Guimarães, vice-presidente do Grupo Positivo Educação, negou a informação e disse que o grupo está de olho em uma abertura de capital (IPO) da unidade de educação.
De acordo com a assessoria de imprensa do Grupo, a Positivo Educação não está à venda. A contratação do Banco BTG Pactual, neste caso, seria para atuar como assessoria na avaliação de uma possível abertura de capital. Caso ocorra, a abertura de capital deverá ter início em 2019, para evitar a volatilidade do mercado no segundo semestre deste ano devido às eleições presidenciais, informou a assessoria, em nota.
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Há cinco anos, o BTG, que desde aquela época assessora o Positivo, tentou uma venda de todo o negócio por até R$ 2,5 bilhões. Não deu certo.
Embora considere a venda fatiada dos ativos, o grupo prefere uma venda de toda a operação, segundo as fontes do Valor. Há o receio de que partes menos atraentes, como a gráfica, encalhem.
O Grupo Positivo Educação tem 40 mil alunos — 28 mil na universidade, 7 mil nos colégios e 5 mil no curso pré-vestibular — e seu sistema de ensino é usado por 570 mil alunos de escolas privadas e 240 mil da rede pública. Em 2016, o grupo faturou R$ 974 milhões com lucro de R$ 69,3 milhões, aumento de 5,8% e 43%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
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