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Curitiba – Os preços dos combustíveis voltaram a pressionar a cesta de preços administrados e monitorados pelo governo, que registrou alta de 1,05% em novembro. No acumulado do ano, as tarifas públicas apresentaram elevação de 4,2%, abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de Curitiba, que subiu 3%. A pesquisa dos preços administrados e monitorados em novembro foi divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos em conjunto com o Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (Senge/PR).

Na primeira semana de dezembro, a pesquisa do Dieese/Senge apontou variação positiva de 0,09% da cesta de tarifas públicas e preços administrados,em Curitiba, influenciada pelos reajustes de 8,16% do pedágio (Ecovia) e de 2,39% do gás de cozinha.

Em novembro, a alta da gasolina foi conseqüência do aumento da margem de lucro dos postos, que passou de 9,82% em outubro para 14% no mês passado. O inverso aconteceu com o álcool combustível, cuja margem de lucro caiu de 18,39% para 12,4%. Com o reajuste de novembro, Curitiba saiu da quinta para a 11.ª posição na lista dos maiores preços entre as 16 capitais pesquisadas pelo Dieese.

Para o economista Sandro Silva, do Dieese, a cesta de tarifas públicas dos curitibanos deverá encerrar o ano com alta entre 4,2% e 4,5%, dependendo do comportamento dos preços da gasolina, abaixo da inflação – ao contrário do que ocorreu nos últimos anos, quanto as tarifas públicas representaram 40% dos índices inflacionários. Esta mudança, diz Silva, decorre da mudança do perfil da inflação, já que o grupo alimentação foi o grande vilão deste ano e passou a elevar o custo de vida.

O custo dos serviços públicos com preços administrados por contrato e monitorados para uma família de Curitiba foi de R$ 484,62 em novembro. Em julho de 1994, quando o Plano Real foi implantado, este custo era de R$ 109,58, representando uma elevação de 342,25% no período, contra uma inflação de 199,61%, de acordo com o INPC do IBGE. Entre os produtos e serviços que fazem parte da cesta de tarifas a maior alta desde julho de 1994 foi da assinatura do telefone residencial que teve reajuste de 6.409%.

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