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combustíveis

Postos negam racionamento de gasolina

Apesar dos rumores de que distribuidoras estariam racionando gasolina em alguns estados brasileiros devido à escassez de álcool anidro (que é misturado ao derivado do petróleo), postos e representantes do setor negam que o problema tenha chegado ao Paraná. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo afirmou ontem que revendedores de ao menos oito estados estão encontrando dificuldade para conseguir o combustível – além do Paraná, estariam nessa situação São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás, Tocantins, Piauí e Santa Catarina.

O vice-presidente do Sindicombustíveis-PR (representante dos postos), Durval Garcia, afirma que não há registros recentes de falta do combustível para os postos do estado. Garcia admite, porém, que o consumo de gasolina tem aumentado consideravelmente nos postos, devido à alta no preço do etanol. Desde o início de fevereiro, o custo do álcool subiu 23%, passando de R$ 1,853 para R$ 2,290, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

"Houve uma migração substancial nos últimos meses do álcool para a gasolina, sem dúvida devido ao preço. No meu posto, já vendo o dobro do volume de gasolina que vendia antes. O que percebemos é que, se esse consumo aumentar ainda mais, daí sim poderemos enfrentar uma falta desse combustível no mercado", afirma o vice-presidente do Sindicom­bustí­veis-PR.

Agora, não

Postos de Curitiba consultados pela Gazeta do Povo na tarde de ontem também confirmam o aumento do consumo de gasolina, mas negam que haja atualmente um racionamento ou falta do combustível na região.

Júnior Schmitz, responsável pelo setor de compras de um posto da Avenida Sete de Setembro, admite que teve de "racionar um pouco" a venda duas semanas atrás, em razão da migração do consumo de etanol para gasolina. "Mas, desde então, não houve mais problemas, mesmo com o consumo ainda em alta", diz.

Abastecimento

A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), de Araucária, e a BR Distribui­dora descartaram a possibilidade de racionamento no Paraná nas próximas semanas. Controladora de ambas, a Petrobras garante que o fornecimento de gasolina está normal, afirmando, em nota, que "está atendendo às cotas e não há risco de desabastecimento".

A falta de combustíveis devido à escassez do álcool anidro no mercado também foi descartada no início desta semana pelo presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecom­bus­tíveis), Paulo Miranda Soares. Ele afirmou que 80% das usinas de etanol já estão produzindo, o que deve aumentar a oferta do combustível. O álcool anidro compõe 25% da gasolina distribuída nos postos.

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