As usinas buscam renovar cerca de 20% de sua área por ano, tendo em vista que as plantas perdem rendimento após o quinto corte. Mas depois da crise internacional, em 2008, parte do setor chegou a suspender por dois anos o custoso processo de substituição dos canaviais. A taxa de renovação no Centro-Sul do país despencou para 12% em 2009 e 2010, o que envelheceu as lavouras e derrubou sua produtividade.
No Paraná, os canaviais produziram apenas 62 toneladas de cana por hectare na safra 2012/13, cerca de 20% abaixo do rendimento médio da última década. "No melhor momento, chegamos a produzir 85 ou 86 toneladas por hectare", lembra Adriano Silva Dias, superintendente da Alcopar.
Com a pequena melhora no caixa, provocada mais pelo açúcar que pelo etanol, o setor voltou a investir. A taxa de renovação retornou a 20%, e a idade média dos canaviais baixou para 3,3 anos o ideal é de 2,5 a 3 anos.
O problema é que, ainda que o governo tenha elevado a mistura de etanol na gasolina, de 20% para 25%, e que neste momento esteja compensando abastecer com álcool em vários estados, as perspectivas para o combustível permanecem obscuras.
"O governo não se decide sobre a política de preços para a gasolina, o que desestimula o investimento. O açúcar deve continuar a ser o principal indutor das decisões", diz Arnaldo Correa, diretor da Archer Consulting.