O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defende que, independentemente da decisão do governo sobre as mudanças na caderneta de poupança, a ideia é "manter a aplicação como grande canal de investimento e preservação de patrimônio da população brasileira, principalmente dos pequenos investidores.
Sobre a vinculação do rendimento à Selic (taxa básica de juros), o presidente do Banco Central disse que o governo "não tem ainda nenhuma decisão à respeito das alterações para a caderneta de poupança. As mudanças no rendimento das cadernetas de poupança vêm sendo discutidas pela área econômica do governo desde que a redução na taxa Selic fez com que seu rendimento se aproximasse daquele proporcionado pelos fundos de renda fixa.
Por outro lado, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) afirmou ontem que o governo federal estuda redirecionar recursos da poupança para financiar a rolagem da dívida pública. Falando durante congresso de empresários e políticos em Comandatuba (BA), ele afirmou que a alternativa está sendo discutida por uma comissão sobre mudanças nos critérios atuais para rentabilizar essas aplicações. "Seria um mecanismo de redirecionamento de parte dos recursos da poupança", afirmou o parlamentar, membro da comissão, da qual também fazem parte o ministro da Fazenda Guido Mantega, e os economistas Delfim Netto e Luiz Gonzaga Beluzzo.
Spread
Outra questão que tem chamado atenção do governo é a dos "spreads bancários (diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e o cobrado nos empréstimos ao consumidor). Henrique Meirelles, presidente do BC, não descarta novas medidas para a redução desses porcentuais. Ele considera que as medidas adotadas pelo BC já surtem efeito na economia, mas é preciso aguardar um pouco mais antes de novas decisões. "Está havendo redução gradual e algumas medidas já foram tomadas, como o Fundo Garantidor de Crédito e o leilão de dólar sem direcionamento. Estamos aguardando o efeito disso. E, caso seja necessário, poderemos tomar novas medidas, afirmou. Há no governo a convicção de que os bancos públicos (Caixa Econômica Federal e Banco do brasil) devem liderar o movimento de redução nos spreads, baixando as suas taxas efetivas.
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