A tradicional caderneta de poupança continua atraindo a atenção dos investidores e com isso registrou, em setembro, a maior entrada líquida de recursos deste ano, segundo informações divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (8).
A poupança teve saldo positivo (aplicações menos retiradas de recursos) de R$ 4,18 bilhões em setembro. Este é o maior valor desde dezembro do ano passado, quando entraram R$ 7,4 bilhões na modalidade. Tradicionalmente, os meses de dezembro têm alto volume de aplicações por conta do pagamento do décimo terceiro salário.
Acumulado do ano
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda segundo informações do Banco Central, R$ 19,7 bilhões entraram de forma líquida (captações menos retiradas de recursos) na caderneta de poupança.
O BC informou ainda que, nos primeiros dois dias úteis de outubro, mais R$ 1,39 bilhão ingressaram na poupança, elevando o valor para R$ 21,1 bilhões no acumulado de 2007. Em todo o ano de 2006, os depósitos superaram as retiradas em R$ 6,4 bilhões.
O saldo da caderneta de poupança, isto é, todos os recursos que estão aplicados nesta modalidade de investimento, alcançou R$ 218 bilhões no final do mês de setembro. Isso representa aumento frente ao mês de agosto de 2007, quando somou R$ 212 bilhões, e também na comparação com dezembro do ano passado (R$ 187 bilhões).
Ingresso de recursos e financiamento habitacional
Os investimentos na caderneta de poupança vêm se intensificando desde meados de 2006 por conta do processo de corte de juros implementado pelo Banco Central. Com juros em queda, a remuneração obtida pela poupança ficou próxima do rendimento pago pelos fundos de investimento em renda fixa dos bancos, porque não há Imposto de Renda (IR) e taxa de administração na poupança. Nessa modalidade, há ainda a vantagem de o aplicador poder retirar os recursos a qualquer momento.
As aplicações em caderneta de poupança estão divididas em duas modalidades: Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e a chamada poupança rural. No caso do SBPE, 65% dos recursos devem ser destinados a empréstimos imobiliários e, na poupança rural, os recursos são canalizados para o desenvolvimento da agricultura. Em setembro, por exemplo, R$ 3,42 bilhões entraram na poupança por meio do SBPE e, no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, R$ 14,4 bilhões.
A Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) confirmou que, até agosto deste ano, o volume de operações de crédito imobiliário, com base em recursos da caderneta de poupança, chegou a R$ 10,3 bilhões, com crescimento de 73,7% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 5,9 bilhões). A expectativa para todo este ano é de que as instituições emprestem R$ 15 bilhões para a compra da casa própria, valor correspondente a cerca de 160 mil unidades financiadas.
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