Os depósitos em cadernetas de poupança foram maiores do que as retiradas, no mês de junho, o gerou a captação líquida positiva de R$ 2,089 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC), a maior deste ano.

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Foi a terceira vez no ano em que há registro de captação líquida positiva. Em fevereiro, a captação líquida havia sido de R$ 751,395 milhões e em maio, de R$ 1,880 bilhão. Nos meses de janeiro (R$ 486,630 milhões), março (R$ 846,803 milhões) e abril (R$ 941,549 milhões) a captação líquida ficou negativa.

No mês passado, os depósitos somaram R$ 82,622 bilhões e as retiradas R$ 80,533 bilhões. Em junho, o saldo da poupança chegou a R$ 282,189 bilhões.

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O relatório do Banco Central tem por base dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que destina recursos ao setor imobiliário, e da poupança rural.

No dia 13 de maio deste ano, o governo anunciou uma medida para evitar a migração de recursos dos fundos de investimento para a caderneta de poupança. Isso porque com as reduções da taxa básica de juros, que remunera títulos públicos integrantes da cesta de aplicações dos fundos de investimentos, a poupança tem se tornado mais atrativa.

A poupança é remunerada pela Taxa Referencial mais 0,5% ao mês sobre ela não incide cobrança de taxa de administração. No caso das aplicações nos fundos são cobrados taxa de administração e Imposto de Renda. O temor do governo é que o Tesouro Nacional tenha dificuldades de vender os títulos e, por conseqüência, de rolar a dívida pública.

Pela nova regra para a poupança, será descontado Imposto de Renda do rendimento de poupança que exceder R$ 50 mil. De acordo com o governo, atualmente apenas 1% dos poupadores aplica mais do que R$ 50 mil na caderneta. Entretanto, o governo ainda não enviou a proposta para a análise do Congresso Nacional.

Segundo o consultor em finanças e professor da da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap)Marcos Crivelaro, as instituições financeiras devem reformular e lançar novos fundos de investimentos neste ano, com redução de taxas de administração e do valor inicial de aplicação, além de simplificação para facilitar os investimentos. O objetivo é manter a atratividade dos fundos.

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Em janeiro, a taxa Selic passou de 13,75% para 12,75% ao ano. Em março, caiu para 11,25% ao ano e em abril para 10,25% ao ano. Na última reunião, realizada em junho, os juros básicos foram reduzidos para 9,25%. A expectativa do mercado financeiro é de que a Selic ainda seja reduzida neste ano para 8,75% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC neste ano.