O Paraná corre contra o tempo para conquistar o reconhecimento internacional de área livre da peste suína clássica, também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos. A Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) passará a conceder o status em nível mundial em maio de 2015, quando o pedido do estado será avaliado junto das propostas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. No entanto, o prazo para o envio da requisição é mais curto e termina em setembro. O Paraná não registra casos da doença há mais de 20 anos.
A proximidade da data limite preocupa. Ontem, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, esteve em Curitiba reunido com o setor produtivo para verificar fragilidades e propor melhorias. O Paraná e outros 15 estados brasileiros são reconhecidos pelo Mapa desde 2001 como livres da doença, mas os padrões internacionais são mais rígidos. "É difícil cumprir o prazo, mas não impossível. Só depende do Paraná provar que tem capacidade para isso", afirmou.
O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz, acredita que será possível atender as exigências dentro do prazo. A aposta principal está em um decreto, ainda não publicado pelo governo estadual, que determina pontos de entrada e saídas de carga que passam pelo território paranaense sistema chamado de "corredor sanitário", adotado por Santa Catarina.