Projetos
Embrapii lançará mais dois editais ainda neste ano
Entre os estados que sediam instituições aprovadas no edital se destacam São Paulo (três) e Santa Catarina (duas). Além do Paraná, as outras organizações ficam em Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Neste ano, a Embrapii pretende lançar outros dois editais: um em outubro, voltado aos atuais polos da instituição, e outro mais para frente, para ampliar o número de polos.
Para quem lida com inovação, a criação da Embrapii é um caminho para aumentar não apenas a capilaridade de projetos e linhas, mas também a abrangência dos setores industriais atendidos. "Não há dúvidas de que o governo aposta no sucesso do Embrapii, que tem como referência o bem sucedido projeto da Embrapa", avalia Rodrigo Martins, coordenador do Conselho de Política Industrial, Inovação e Design da Federação das Indústrias do Paraná. "Se terá a mesma relevância, só o tempo dirá, mas apostamos que é um excelente instrumento de parcerias".
O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Institutos Lactec), de Curitiba, quer levar dispositivos móveis inteligentes para os sistemas das indústrias. E acaba de ganhar seis anos de apoio para desenvolver projetos nessa linha. O Lactec é uma das dez organizações de pesquisa selecionadas para participar do primeiro edital da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), criada em 2013 para disseminar pólos inovadores no país. Até 2020, os institutos terão de apresentar periodicamente projetos dentro da linha de pesquisa escolhida, buscando apoio de empresas e contando com suporte do Embrapii, que banca um terço do custo de cada empreitada. O edital conta com reserva de R$ 450 milhões do governo federal.
O Lactec optou por apresentar projetos de eletrônica embarcada, área em que são desenvolvidos componentes eletroeletrônicos para serem usados em estruturas móveis. Em outras palavras: é a eletrônica que pode ser aplicada a tudo que se move, de um avião até a transmissão de energia. A instituição paranaense única do estado no edital está se aproximando de parceiros para definir melhor seus primeiros projetos. Mas, entre as ideias iniciais, está implementar dispositivos (componentes e software interligados) para que as concessionárias de energia percebam com antecedência risco de falhas, por exemplo.
A escolha por essa linha de pesquisa tem a ver com a experiência do instituto em eletrônica, mas também com a busca por versatilidade. O Lactec quer abrir o leque de parcerias, apesar de sua história estar ligada à energia elétrica a instituição surgiu neste ano da união de diversos institutos, entre eles o Centro de Hidráulica e Hidrologia Parigot de Souza (Cehpar), parceiro da Copel. "Quando se fala de eletrônica embarcada, estamos falando de indústria em geral", explica o diretor-presidente do Lactec, Luiz Fernando Vianna. Ele cita a automobilística, que já faz uso de eletrônica embarcada em sistemas como o de injeção eletrônica de combustível. "Queremos desenvolver a indústria paranaense, mas também conseguir parceiros nacionais."
Versatilidade
Sem fins lucrativos e custeado por parcerias com empresas e universidades, o Lactec comemorou o lançamento do edital do Embrapii, em abril. "Fazia tempo que não havia um edital voltado à inovação nas áreas em que atuamos", diz Vianna. A organização participou nos últimos anos de outros editais na área, como os da Finep Inovação e Pesquisa, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, assim como a Embrapii. O chamamento da Embrapii, porém, tem a vantagem de permitir aos participantes diversificar projetos, em vez de investir tempo em uma só iniciativa. Na visão de Vianna, esse método é inovador por si só ao dar liberdade para que mais e mais ideias saiam do papel.
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