Prates destacou que a Petrobras acompanha o cenário externo, mas no momento “não há razão para pânico” sobre preços de combustíveis.| Foto: EFE/André Coelho.
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quinta-feira (18) que a estatal não pretende aumentar o preço da gasolina a curto prazo, apesar da defasagem de quase 20% em relação ao praticado no mercado internacional. Prates destacou que a companhia acompanha o cenário externo, mas no momento “não há razão para pânico”.

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“Estamos avaliando todas as condições de mercado. Não há razão para pânico nenhum agora. Não há motivo para variação nenhuma por enquanto. Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover [o preço dos combustíveis] e o próprio preço do petróleo indica isso”, disse o presidente da Petrobras durante o lançamento do Mapa de Estaleiros do Brasil, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP).

A defasagem chegou a este patamar em razão do aumento na cotação do barril de petróleo, que subiu cerca de 7% no último mês, e da alta do dólar em relação ao real, que variou 1,95% no mesmo período. A petroleira fez o último reajuste no preço da gasolina em 21 de outubro do ano passado, quando o litro do combustível passou de R$ 2,93 para R$ 2,81 nas refinarias.

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Impasse dos dividendos extraordinários

Prates destacou que a possibilidade de distribuição dos dividendos extraordinários é uma decisão do governo Lula. No início de março, a Petrobras anunciou que não pagaria os R$ 43,9 bilhões previstos em lucros adicionais aos acionistas. O anúncio causou a “fritura” de Prates, em meio a um embate entre ele e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Segundo o presidente da empresa, a decisão sobre os dividendos não está na pauta de reunião do Conselho de Administração da Petrobras, marcada para esta sexta (19).

“A diretoria já tomou sua decisão. Fizemos a proposta, que está tecnicamente respaldada [de distribuir 50% dos lucros extras]. O governo vai orientar os membros do Conselho de Administração. Não está na pauta da próxima reunião do Conselho. Provavelmente, o tema pode ser deliberado durante a assembleia geral de acionistas [no dia 25 de abril] ou depois da assembleia, disse o presidente da companhia a jornalistas.

Questionado se o governo pode defender o pagamento de 100% do valor dos dividendos, Prates disse que "tudo pode". “Tudo pode. Não tem empecilho. Todo o dinheiro está na conta da reserva de dividendos, no caixa da empresa. Estou evitando comentar o que se diz. Foram duas semanas de fontes do Planalto, de assessores. Eu, quando falo, boto minha assinatura”, afirmou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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