O ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que sua gestão na estatal foi prejudicada por uma “falsa crise” sobre a política de distribuição dos lucros. De acordo com Prates, a queda no percentual dos dividendos foi explicada ao mercado e teria gerado uma reação positiva dos operadores.
“Esse debate sobre a política de dividendo foi uma falsa crise criada e minou a nossa gestão. Fico triste com isso, principalmente, porque estava fazendo um bom trabalho. Mas não tenho ressentimento, é parte da vida e da política essas situações”, disse Prates em entrevista concedida à CNN Brasil, nesta segunda-feira (9).
“Quando a anunciamos que o percentual do pagamento de dividendos ordinários iria cair, as ações da empresa subiram. No fim, apesar dessa ‘crise’, a distribuição de dividendos foi feita da forma como havíamos planejado”, completou.
Na avaliação de Prates, atualmente o único ponto sensível da nova administração da Petrobras é a falta de elo entre acionista e diretoria através do Conselho.
“Não existem ritos de ordem direta entre governo federal ao Conselho da companhia, para que esta possa instruir a diretoria sobre as orientações do que deve ser feito na empresa”, afirmou.
Guerra na Síria
Ao falar sobre as consequências da queda do governo do sírio Bashar al-Assad, neste domingo (8), Prates disse que o preço do petróleo deverá ser afetado.
“Embora a Síria não seja uma grande exportadora ou dona de grandes reservas de petróleo, é uma importante passagem para países que são”, avaliou.
“Hoje os Estados Unidos é o maior produtor de petróleo do mundo e o maior beneficiário desses conflitos no Oriente Médio. Trump já sinalizou que não pretende frear a produção”, completou.
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