O crescimento da economia nas regiões Norte e Noroeste do Paraná, principalmente em razão do agronegócio, tem aberto mercado para empresas prestadoras de serviços. A Risa Refeições, do grupo Risotolândia, especializada em implantar e gerenciar restaurantes, está aproveitando o bom momento para expandir suas atividades. A empresa tem mais de 100 clientes espalhados por Curitiba e região metropolitana, Santa Catarina e interior de São Paulo. Desse total, 14 atuam em Maringá, Londrina, Apucarana e Arapongas. A gerente comercial Henriana Wzorek (na foto) disse ao repórter Carlos Guimarães que os planos para este ano são aumentar o número de contratos no norte do estado e, ainda, entrar no Rio Grande do Sul. Por conta do bom momento, a Risa planeja novas contratações para ampliar o quadro de 3,6 mil colaboradores.
Como a empresa identificou esse novo potencial do norte do estado?
O polo industrial da região é bem significativo e com um grande número de colaboradores. Além disso, como o agronegócio está em alta, as empresas estão contratando mais. Muitas não tinham espaços e não ofereciam o benefício da refeição. Outras administravam o restaurante próprio e estão terceirizando.
De que forma a Risa aborda as empresas da região?
O trabalho inicial foi identificar o mercado. Observamos que algumas empresas tinham necessidades bem primárias. Depois, contratamos e treinamos uma equipe de colaboradores locais. Essa equipe é responsável pela prospecção e abordagem das empesas. O histórico da Risa, com clientes fidelizados há mais de 25 anos, é um diferencial e reforça a ação.
Como é o processo de definição do cardápio?
Temos um corpo técnico formado por nutricionistas. Primeiro identificamos o perfil do cliente e depois oferecemos um cardápio que se encaixa. Também desenvolvemos o layout do restaurante, personalizando para o formato da empresa, e a forma como as refeições serão servidas panelas ou bandejas. O desenvolvimento para cada companhia depende do público.
Quais os planos futuros da Risa?
A expansão está focada no norte do Paraná em junho, iniciamos um novo contrato com a fabricante de móveis Irmol, de Arapongas, com 520 colaboradores. Também queremos crescer em Santa Catarina, principalmente em cidades como Joinville e Blumenau, e entrar no mercado gaúcho. Outro foco é o novo mercado de escolas particulares. Já estamos atendendo oito instituições, algumas internacionais, em Curitiba e região.
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Bolha global
A nova edição da revista britânica The Economist analisa o que está sendo visto como uma nova bolha da internet. Segundo a reportagem, o Vale do Silício (região da Califórnia que concentra empresas de tecnologia) contrasta com o resto dos Estados Unidos: há alta demanda por executivos, os valores dos aluguéis de escritórios estão disparando e os salários dos gênios da informática vêm se aproximando dos cachês das estrelas de Hollywood. Sinais externos da supervalorização de companhias como Facebook, LinkedIn e Groupon, cujos planos futuros não são muito claros para o mercado.
Mas haveria diferenças entre o momento atual e a bolha de 11 anos atrás: desta vez, ela estaria se formando em mercados fechados, e não na bolsa, e seria mais global que a de 2000. De qualquer maneira, ressalta a Economist, investidores precisam tomar cuidado.
Musical e promissor
O Paraná responde por 15% do mercado brasileiro de instrumentos musicais, áudio e iluminação, o que representa cerca de R$ 67 milhões por ano. Esses números credenciaram a capital para receber a 3.ª edição da Feira Music Show, realizada neste fim de semana com a expectativa de movimentar R$ 2 milhões.
No país, o segmento fatura algo em torno de R$ 450 milhões por ano, valor que deve crescer 40% até 2016, principalmente em razão da lei que obriga o ensino de música nas escolas públicas e privadas.
Energéticos
A Cini Bebidas, empresa paranaense tradicional no segmento de refrigerante, pretende ampliar seu mercado por meio de parcerias, uma delas oficializada agora em maio, para representar as marcas de energéticos Effect e Ecco, embalados em 1 litro e em latas de alumínio de 269 ml. Produzido na Alemanha, o Effect é o segundo energético mais vendido da Europa.
Artesanato
A Feira Internacional de Artesanato (Feiarte), que os curitibanos se acostumaram a visitar anualmente no Parque Barigui, já é conhecida dos portoalegrenses e, neste ano, será realizada também em Florianópolis e Cuiabá. A edição curitibana foi aberta sexta-feira pela Diretriz Feiras e Eventos e aproveita parte do potencial econômico da produção de artigos utilitários e de decoração, que só no Paraná reúne 25 mil pessoas.
Feira
Um grupo de 23 empresas da indústria paranaense de máquinas-ferramenta participará de 23 a 28 deste mês da 13.ª Feimafe, a maior feira do setor na América Latina, que será realizada em São Paulo. O Paraná é, ao lado de São Paulo e do Rio Grande do Sul, um dos importantes centros produtores desse tipo de equipamento no país. Cerca de 1,3 mil marcas estarão lá.
Crédito para os pequenos
Cresceu para cinco o número de bancos emissores do Cartão BNDES, ferramenta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social que facilita o acesso a crédito para pequenas e médias empresas. Estão no grupo de bancos emissores o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banrisul, e, mais recentemente, o Itaú.
A linha de financiamento oferece um limite pré-aprovado de até R$ 1 milhão, que pode ser pago em 48 meses, com taxas fixas de 1,02% ao mês (em maio). Uma das grandes vantagens é que as empresas não precisam contratar empréstimos a cada operação.
Franco
O economista Gustavo Franco, presidente do Banco Central entre 1997 e 1999 e um dos responsáveis pelo Plano Real, faz palestra no Projeto Unibrasil Futuro, na quarta-feira, dia 18. A faculdade informa sobre inscrições pelo telefone 3361-4200.