O preço do "prato feito", com feijão, arroz, carne, alface e tomate, ficou 8,38% mais caro no país em outubro, na variação dos últimos 12 meses, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas. A alta fica acima da inflação do período, de 5,14%. O aumento foi puxado pelo preço do feijão carioquinha, que subiu 77 %, e do contra filé, com alta de 15%.
"Um aumento real, acima da inflação, é significante, ainda mais porque esses alimentos têm peso importante no orçamento familiar", afirma André Braz, economista da FGV. A variação só não foi maior porque o tomate e a alface apresentaram queda nos preços, de 35% e 0,29% respectivamente.
A inflação do feijão e da carne se deve a uma combinação de fatores pontuais ligados à pecuária e à agricultura, segundo Braz. Para ele, a tendência de alta não é duradoura. "O que ocorreu foram acidentes na oferta dos produtos. Um volume alto de chuvas no interior da Bahia fez com que a colheita do feijão carioca não fosse boa. E o tipo alternativo, o feijão preto, está em período de entressafra. Já a alta na carne tem a ver com a seca, que destruiu as pastagens e aumentou o custo da pecuária. Também há uma tendência maior de exportação da carne brasileira, com renovação de contratos com alguns países. Quanto mais você exporta, menos você abastece o mercado interno, o que também cria uma pressão por aumento dos preços", afirma o economista.
A pesquisa é feita em sete capitais brasileiras São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador.
Lula seguirá o caminho de Dilma? O que há de similar e diferente nos dois governos
“Derrotamos o bolsonarismo” e outras frases que colocam em dúvida a isenção dos ministros do STF
Declaração de falsidade de documento da Operação Zelotes pode gerar pedidos de anulação
Bloqueio de apoio militar e de inteligência: como o impasse entre Trump e Zelensky já impactou a guerra
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast