A General Motors descobrirá neste sábado (30) se os investidores que detêm 27 bilhões de dólares em bônus da montadora aceitarão uma oferta de troca de dívida, enquanto tenta superar obstáculos antes de entrar em concordata na próxima semana.

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O sucesso de uma nova troca de dívida por ações ajudará a reduzir a lista de credores da GM e a garantir que o período de batalhas da montadora na corte de falência dos Estados Unidos seja curto.

Os detentores de bônus têm até as 18h (horário de Brasília) deste sábado para registrar seu apoio ao acordo, que conferiria a eles até 25 por cento de participação na GM após a reestruturação. Essa oferta, porém, pode ser cancelada caso poucos detentores de bônus aceitem as condições.

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O novo e favorável acordo para os dententores de bônus -uma participação de 10 por cento na nova empresa e garantias de mais outros 15 por cento- já tem o aval de investidores que representam pelo menos 35 por cento dos bônus da empresa.

"A garantia e a estrutura de capital melhorada promove uma recuperação melhor para os detentores de bônus", disse Brian Johnson, analista de capital do Barclays. "Em relação a um processo de concordata, nós esperamos o provável consentimento dos detentores de bônus para facilitar o processo."

Com essa nova oferta, os detentores de bônus conseguem uma recuperação em torno de 0,09 dólar, acima da estimativa de zero a 0,05 dólar da oferta anterior, afirmou Johnson.

Os detentores de bônus da GM rejeitaram na semana passada uma proposta que daria a eles uma participação de 10 por cento na nova empresa após a reestruturação.

A montadora teve um impulso na sexta-feira, quando o United Auto Workers (UAW), central sindical, ratificou de forma esmagadora um acordo trabalhista com a empresa, acabando com um dos maiores obstáculos aos esforços de reestruturação da companhia.

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Espera-se que a GM peça concordata nesta segunda-feira, e o presidente Barack Obama possivelmente discutirá os próximos passos dessa reestruturação.

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