Cianorte O setor de confecções pode ser obrigado a reduzir a produção e demitir funcionários se o governo não adotar medidas para conter o avanço das importações de roupas da China. O alerta é do presidente da Associação das Indústrias de Confecções de Cianorte, Wilson Peres Pedrão, que reclama da concorrência "desleal".
Segundo Pedrão, há camisas produzidas na China sendo vendidas por até R$ 15 no Brasil. Uma camisa semelhante produzida no país não sai por menos de R$ 40. Ele conta que presenciou há poucos dias uma loja em São Paulo vendendo um conjunto de moda íntima "made in China" por R$ 30. O mesmo conjunto tem custo de produção, incluindo impostos, de R$ 70 no Brasil.
A diferença, destaca o empresário paranaense, é que na China a mão-de-obra é mais barata e a carga tributária é mínima. "Aqui a mão-de-obra é cara e a grande quantidade de impostos encarece e deixa muitos produtos sem condições de enfrentar a concorrência", diz.
Para amenizar o problema, Pedrão defende a taxação das importações de roupas e um controle rigoroso na entrada dos produtos da China no Brasil. "Outra opção é o governo reduzir a carga tributária para uma competição em condições de igualdade", sugere.
A ameaça da concorrência chinesa não se restringe às confecções e ao setor têxtil. Um levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revelou que há pelo menos cem produtos brasileiros ameaçados pelos importados chineses, causando danos à indústria nacional. As importações teriam crescido mais de 60% desde o começo do ano, porém os empresários não têm um número oficial porque grande parte das roupas que entram no Brasil chega por meio do contrabando.
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