A Pesquisa Nacional da Cesta Básica, feita mensalmente pelo Dieese, mostrou que houve queda no valor do conjunto de produtos alimentícios essenciais em fevereiro na maioria das capitais brasileiras. No geral, Curitiba tem a oitava cesta básica mais cara do país. Apesar desta constatação, o valor de R$ 159,21 é menor dos que os R$ 163,16 de janeiro deste ano. A queda corresponde a 2,42% em fevereiro. Nos dois primeiros meses de 2006, a queda acumulada no valor da cesta básica chega a 10,05%.
Dos itens que compõem a cesta básica, a batata apresentou a maior queda de preço. Em janeiro, o quilo do legume foi comercializado a R$ 2,13. Já no mês seguinte, o preço caiu para R$ 1,73, uma queda correspondente a 18,78%. Já o açúcar subiu 10,71%, passando de R$ 1,40 (janeiro) para R$ 1,55 (fevereiro). O único item que não apresentou variação foi o leite, que segue custando R$ 1,13.
A cesta básica só aumentou em três capitais: em Natal (4%), Florianópolis (1,08%) e Recife (0,99%). A retração mais expressiva foi apurada em Belém (-8,33%) e a menor no Rio (-0,11%).
São Paulo voltou a ter a cesta básica mais cara (R$ 175,54), valor bem próximo do registrado em Brasília (R$ 174,14) e no Rio de Janeiro (R$ 172,61). Os menores custos foram apurados em Recife (R$ 127,28) e Fortaleza (R$ 127,50).
Com base no custo mais elevado do conjunto de gêneros essenciais e levando em consideração o preceito constitucional que determina que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de uma família, o Dieese estima, mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em fevereiro, ele deveria corresponder a R$ 1.474,71, ou seja, 4,92 vezes o mínimo vigente, de R$ 300,00.
