No Dia do Pão, quem levar um livro na Praça Rui Barbosa vai ganhar uma sacola com seis pãezinhos| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Impacto

Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas básicas de um trabalhador, o Dieese estima que em setembro o salário mínimo de todo o brasileiro deveria ser de no mínimo R$ 2.621,70 ou seja, 3,87 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678. Em agosto, o mínimo necessário era maior e equivalia a R$ 2.685,47 ou 3,96 vezes o piso vigente.

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O preço da cesta básica calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) caiu em 14 das 18 capitais que compõem o levantamento em setembro. As quedas mais expressivas foram registradas em Aracaju (-5,36%), Brasília (-3,61%) e Vitória (-2,74%). Curitiba ficou entre as capitais que foram na contramão da maioria e registrou alta de 0,66%. Belo Horizonte, Campo Grande e Recife registraram elevações de 1,87%, 0,48% e 0,02%, respectivamente, de agosto para setembro.

São Paulo, apesar da queda de 2,37% no mês, continua sendo a capital com maior valor para os gêneros alimentícios de primeira necessidade, chegando a R$ 312,07. Porto Alegre e Manaus vêm em seguida, com custos de R$ 311,34 e R$ 304,33, respectivamente – valores bem acima dos R$ 283,18 registrados na capital paranaense. Os menores valores da cesta básica foram apurados em Aracaju (R$ 220,68), Salvador (R$ 256,16) e Goiânia (R$ 257,99).

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Acumulado

No acumulado do ano até setembro, o preço da cesta básica caiu somente em Florianópolis (-3,09%) e Goiânia (-1,97%). As demais 16 localidades registraram alta, com os aumentos mais expressivos em Salvador (12,79%), Natal (10,08%), João Pessoa (9,22%) e Campo Grande (8,93%). Em Curitiba, a alta acumulada de janeiro a setembro é de 4,38%.

Os principais vilões das compras básicas neste ano na capital paranaense são a batata, com 29,71% de aumento, a farinha de trigo (25,77%) – que contribuiu muito para o aumento do preço do pãozinho nos últimos meses –, o leite (23,56%) e o feijão (19,72%). O óleo de soja, o tomate e o açúcar registram as maiores quedas: -22,13%, -18,93% e -16,51%.