O preço da cesta básica em Curitiba registrou queda de 0,73% em setembro, na comparação com agosto, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (7) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Enquanto uma cesta básica na capital paranaense saía por R$ 303,28 em agosto, em setembro o custo girou em torno de R$ 301,08. Das 18 capitais estudadas pelo Dieese mensalmente para a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, 11 observaram recuo do preço da cesta básica.
Recife foi a cidade onde se apurou a maior queda de preço (1,99%), seguida por São Paulo (1,39%), Natal (1,18%), Campo Grande (1,13%) e Salvador (1,02%). O menor recuo foi observado em Vitória (-0,24%).
Florianópolis foi a cidade com o maior valor para a cesta básica (R$ 340,76). A segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 333,12), seguida por Vitória (R$ 328,33). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 233,18), Salvador (R$ 263,63) e Natal (R$ 267,39).
Oitava maior alta da cesta básica
No acumulado dos primeiros nove meses de 2014, Curitiba aparece com a oitava maior alta do preço da cesta básica, totalizando aumento anual de 6,32%. No período, outras 15 capitais também apresentaram alta. As maiores elevações são observadas em Florianópolis (21,23%), Rio de Janeiro (10,55%), Vitória (8,88%) e Brasília (8,84%).
Salário mínimo necessário
Em setembro, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 89 horas e 52 minutos, tempo inferior às 90 horas e 07 minutos, como registrado em agosto. Em setembro de 2013, a jornada era um pouco maior, exigindo 90 horas e 42 minutos.
O Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.862,73. Em agosto, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.861,55. Os dados são estimados com base no custo apurado para a cesta mais cara, a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.