Tomate foi um dos itens que mais impactou no recuo mensal dos valores da cesta básica| Foto: Gilberto Abelha / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Produtos que influenciaram nos preços

Os produtos que mais impactaram no recuo mensal dos valores das cestas básicas foram óleo de soja, tomate, feijão e batata. Os itens que encareceram foram carne, leite, arroz e pão francês. A carne bovina, em pleno período de entressafra, apresentou aumento de preço em todas as cidades pesquisadas. A maior elevação foi observada em Goiânia (6,58%). Em 12 meses, todas as cidades também acumularam altas que variaram entre 33,48% (Florianópolis) e 2,79% (Manaus).

O preço do leite subiu em 13 cidades, com destaque para Brasília (11,31%), Natal (6,67%), Campo Grande (3,72%) e Goiânia (2,89%). Já o arroz ficou mais caro em 14 cidades, com variação entre 3,83% (Curitiba) e 0,34% (Natal).

O pão francês também encareceu em 11 cidades, com destaque para Natal (2,58%), Goiânia (2,27%), Manaus (1,78%) e Brasília (1,38%). A escassez da farinha de trigo e desvalorização do câmbio, que eleva o preço do trigo importado dos Estados Unidos e Canadá, são os fatores que explicam a alta do pão. O preço do óleo de soja diminuiu em todas as cidades, exceto no Rio de Janeiro, onde não variou.

Pelo terceiro mês consecutivo, a batata apresentou redução em todas as cidades do Centro-Sul, onde é pesquisada, com exceção de Vitória, onde aumentou 5,00%, em setembro. As reduções variaram entre -13,30%, em São Paulo e -3,30%, em Florianópolis.

O tomate ficou mais baratou em 15 da 18 cidades estudadas. As reduções variaram entre -21,82%, em Recife, e -3,45%, em Salvador. E 14 cidades registraram queda do preço do feijão. O tipo preto observou queda em Vitória (-2,73%), Florianópolis (-1,91%) e Brasília (-0,81%), mas ficou estável no Rio de Janeiro e aumentou em Porto Alegre (1,86%) e Curitiba (1,01%).

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O preço da cesta básica em Curitiba registrou queda de 0,73% em setembro, na comparação com agosto, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (7) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Enquanto uma cesta básica na capital paranaense saía por R$ 303,28 em agosto, em setembro o custo girou em torno de R$ 301,08. Das 18 capitais estudadas pelo Dieese mensalmente para a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, 11 observaram recuo do preço da cesta básica.

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Recife foi a cidade onde se apurou a maior queda de preço (1,99%), seguida por São Paulo (1,39%), Natal (1,18%), Campo Grande (1,13%) e Salvador (1,02%). O menor recuo foi observado em Vitória (-0,24%).

Florianópolis foi a cidade com o maior valor para a cesta básica (R$ 340,76). A segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 333,12), seguida por Vitória (R$ 328,33). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 233,18), Salvador (R$ 263,63) e Natal (R$ 267,39).

Oitava maior alta da cesta básica

No acumulado dos primeiros nove meses de 2014, Curitiba aparece com a oitava maior alta do preço da cesta básica, totalizando aumento anual de 6,32%. No período, outras 15 capitais também apresentaram alta. As maiores elevações são observadas em Florianópolis (21,23%), Rio de Janeiro (10,55%), Vitória (8,88%) e Brasília (8,84%).

Salário mínimo necessário

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Em setembro, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 89 horas e 52 minutos, tempo inferior às 90 horas e 07 minutos, como registrado em agosto. Em setembro de 2013, a jornada era um pouco maior, exigindo 90 horas e 42 minutos.

O Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.862,73. Em agosto, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.861,55. Os dados são estimados com base no custo apurado para a cesta mais cara, a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.