O preço da cesta básica em Curitiba aumentou 4,69% no mês de agosto, em relação a julho. O valor necessário para suprir as necessidades básicas com alimentação em um mês passou, assim, de R$ 268 para R$ 280. A capital paranaense registrou a segunda maior alta entre as 17 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As informações foram divulgadas na manhã desta terça-feira (4) pelo órgão de pesquisa.
O acumulado de janeiro até agosto no aumento do preço da comida para os curitibanos já chega aos 12,85%. Nos últimos 12 meses, de agosto de 2011 ao mesmo mês deste ano, o reajuste do preço da alimentação básica alcança os 14,99%.
Com o aumento, o gasto diário de um trabalhador com esse tipo de despesa é de R$ 9,35. O custo significa, para alguém que tem renda mensal de um salário mínimo (R$ 622), um impacto de 99 horas e 14 minutos de trabalho apenas para pagar sua cesta básica. Na hipótese dessa mesma pessoa trabalhar 8 horas por dia (220 horas por mês), a remuneração por 45% do tempo de permanência no emprego é necessária para custear a cesta básica suficiente para 30 dias.
No topo da lista dos produtos que mais puxaram a elevação nos preços da alimentação em Curitiba estão a banana (18,97%) e o tomate (13,42%). Também subiram a batata (5,15%), o óleo (3,95%), o arroz (3,93%), o café (3,75%), açúcar (3,45%) e o feijão (3,25%). Outros produtos carne, leite, farinha, pão, tiveram aumentos inferiores a 3%. O único produto que diminuiu de preço foi a manteiga, com queda de 5,45% na cotação.
Chama a atenção a alta no preço do feijão registrada na capital paranaense. O produto teve redução no preço em 11 cidades, mas Curitiba teve a maior alta entre os seis locais onde comer feijão ficou mais caro. Os curitibanos passaram a pagar 3,25% a mais, enquanto em Florianópolis a variação foi de 3,05%, em Vitória 2,61%, em Porto Alegre (2,49%) e em Brasília (1,97%).
O Dieese também calcula qual seria o valor ideal de um salário mínimo para cumprir as exigências previstas na Constituição Federal de 1988. O chamado mínimo necessário ficou em R$ 2.589,78. No mês de julho, o salário ideal apontado pelo órgão de pesquisa era de R$ 2.519,97, o que totaliza 2,7% a mais para o mês de agosto (R$ 69,81 de diferença).
Outros estados
A cesta básica ficou mais cara em agosto em 15 das 17 capitais do País. Segundo o levantamento, o valor dos itens alimentícios básicos teve a maior alta em Florianópolis (10,92%). A cidade do Rio de Janeiro é a terceira colocada, atrás de Curitiba, com 4,09% a mais no preço da cesta básica.
Porto Alegre foi a capital com a cesta básica mais cara em agosto (R$ 308,27), seguida por São Paulo (R$ 306,02) e pelo Rio de Janeiro (R$ 302,52). Já as cidades de Aracaju (R$ 212,99), Salvador (R$ 225,23) e João Pessoa (R$ 233,36) são os lugares onde o gasto com alimentação pesa menos no bolso.
O Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica nas cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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