O preço dos combustíveis caiu R$ 0,20 em alguns postos de Curitiba desde o fim de semana, e R$ 0,10 em vários outros. Neste sábado, um posto de bandeira Shell passou a cobrar R$ 2,19 pelo litro da gasolina, e nesta segunda-feira estabelecimentos Ipiranga seguiam a tendência, que pode terminar em nova guerra de preços. Por enquanto, esse é o menor preço encontrado na capital. O preço mínimo do litro do álcool é de R$ 1,29.
Na semana passada, o preço médio do litro da gasolina era de R$ 2,39, e o do álcool, R$ 1,49. Apesar da tendência de alinhamento, alguns postos diferem bastante. Nesta segunda-feira, um posto BR no bairro Juvevê mantinha os preços de R$ 2,59 pelo litro da gasolina, e R$ 1,69 pelo álcool valores máximos encontrados na capital. Já o interior do estado tem preços variados.
De acordo com o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, existe uma nova "guerra de preços" em curso, semelhante à que alinhou o preço da gasolina em R$ 2,09 durante duas semanas em fevereiro e deixou muitos postos no prejuízo.
Ele especula que a culpa seja de algum tipo de "agressão ao mercado", como altas doses de sonegação e adulteração. Este indício teria sido comprovado pela "Operação Medusa", realizada no último dia 7 pela Polícia Civil e que resultou na prisão de 15 pessoas, entre donos de postos e de distribuidoras, das quais seis foram libertadas na semana passada.
"Ou o empresário está levando prejuízo ou está comprando combustível irregular", diz Fregonese. O posto Shell que começou a nova remarcação de preços estaria pagando R$ 2,17 à distribuidora pelo litro da gasolina, ou seja, tendo apenas R$ 0,02 de margem de lucro. Já o preço médio do álcool nas distribuidoras é de R$ 1,33, maior do que o preço em algumas bombas.