O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (18) que qualquer decisão sobre o preço dos combustíveis depende de avaliação sobre os impactos da medida nas finanças da Petrobras. Em entrevista após visita ao terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Baía de Guanabara, Lula disse que a questão ainda não está em discussão, mas o governo teria que ouvir a Petrobras antes de tomar qualquer decisão sobre o tema.

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"A Petrobras tem uma contribuição enorme para o superávit primário", afirmou o presidente, justificando a importância da análise dos impactos financeiros para a estatal de uma redução no preço dos combustíveis.

Questionado sobre o tema, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, sinalizou que não haverá redução de preços no curto prazo, embora analistas calculem que os preços cobrados pela gasolina e pelo diesel no Brasil estejam bem acima dos preços médios vigentes no mercado externo. "Sempre dissemos que não vamos repassar nem quando tiver surto de preço alto nem quando tiver surto de preço baixo", afirmou Gabrielli. Ele lembrou ainda que a desvalorização do real contribuiu para evitar uma defasagem ainda maior nos preços.

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Gabrielli comentou ainda que, se o preço nacional está muito caro, a lei permite a importação de combustíveis por outras distribuidoras. "O mercado brasileiro é aberto e tem mais de 250 distribuidoras que podem importar quando quiserem", afirmou.

O presidente da Petrobras logo em seguida negou que sairá candidato a qualquer cargo eletivo em 2010, ao responder a pergunta de jornalistas se seria candidato a algum cargo no Legislativo.