Nova expectativa

Operadoras esperam bilhetes mais baratos após redesenho da malha

Passado o período do sorteio das seleções sem que houvesse redução da tarifa, as operadoras agora aguardam preços mais baixos após a definição da malha aérea especial para os dias do Mundial. As companhias têm até sexta-feira para apresentar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suas propostas de malhas áreas para a Copa. Nelas, podem solicitar a alteração ou inclusão de horários de voos.

A redefinição da malha é necessária nesse período para atender à demanda específica do evento. Após as empresas submeterem suas propostas para o período da competição, as solicitações serão analisadas pela Anac, que divulgará o resultado final até o dia 15 de janeiro de 2014 – quando então os preços das passagens tendem a diminuir.

João Pedro Schonarth, com Folhapress

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As passagens aéreas para o período da Copa do Mundo ainda não estão mais baratas, mesmo com a definição das seleções em cada cidade-sede e o consequente desbloqueio de assentos reservados à espera do sorteio. Operadoras de turismo esperavam uma queda ainda na semana passada, mas uma diminuição dos preços só deve vir mesmo com o redesenho da malha aérea, na segunda metade de janeiro.

A expectativa do mercado era de que os preços caíssem após o sorteio dos grupos, uma vez que, com mais condições de prever a demanda em cada sede, as companhias aéreas passariam a devolver ao mercado parte das passagens reservadas.

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O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, em entrevista à Folha de S.Paulo, disse que os bloqueios eram de três a quatro vezes maiores que a demanda. "Os voos que estavam com 70% de ocupação ficarão com 20%. Passagens que custavam R$ 500 hoje [no dia do sorteio] vão custar R$ 200 nos próximos dias", disse.

Na prática isso não aconteceu. Três operadoras de Curitiba informaram que as passagens continuam bloqueadas. "As companhias haviam informado que aguardariam o sorteio para liberar os bilhetes na semana seguinte. O blecaute de assentos acontece desde o ano passado e esperamos que a qualquer momento os preços passem a cair", diz Henrique Mercade, gerente geral da CVC na cidade.

Dayana Medes, gerente da filial de Curitiba da FRT Operadora, não espera uma redução tão cedo. Os pedidos de passagens para seus clientes seguem sob análise das companhias aéreas. "Os pedidos ficam em stand by, não sabemos por quanto tempo. Mesmo sendo uma operadora, o que nos dá acesso a passagens mais baratas, estamos encontrando passagens apenas com a tarifa cheia", conta.

Via terrestre é opção

Para baratear os pacotes, algumas agências estão recorrendo ao transporte rodoviário. É o caso da BWT Operadora. "Nossos grupos que vêm do exterior estão sendo alocados em transporte rodoviário, para garantir trechos mais baratos que com o aéreo", explica Adonai Arruda Filho, diretor comercial da operadora.

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