O valor da eletricidade no mercado de curto prazo, dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), chegou na máxima de R$ 822,83 por megawatt/hora (MWh) na carga pesada em todas as regiões do país para a próxima semana, informou nesta sexta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Segundo dados da CCEE, a última vez em que o PLD da carga pesada chegou ao teto permitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi na semana entre 24 e 30 de maio.

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Em comunicado, a CCEE explicou que o aumento dos preços ocorreu devido à redução na projeção de chuvas. "O enfraquecimento das frentes frias que entram pelo Sul e avançam pelo Sudeste reduziu em cerca de 4.700 MW médios as energias naturais afluentes previstas para as próximas semanas de outubro", diz a CCEE, na nota.

Com a redução da perspectiva no Sul, houve, consequentemente, redução na transferência de energia para o Sudeste. Em relatório sobre a próxima semana, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirma que em comparação com as chuvas da semana anterior, prevê-se para a próxima "recessão nas afluências aos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, estabilidade nas afluências ao subsistema Nordeste, e um pequeno aumento nas afluências ao subsistema Norte".

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O PLD médio para todos os submercados, porém, ficou abaixo do teto para a próxima semana, em R$ 808,68. Na atual semana, o PLD para a carga pesada estava em R$ 714,65 o MWh no Sudeste/Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte, e em R$ 680,48 no Sul. O PLD também subiu na carga média, para R$ 818,36 o MWh em todas as regiões, próximo do teto. Na carga leve, houve elevação também em todas as regiões, com o preço chegando a R$ 790,39 por MWh.

A volta do preço da carga pesada ao teto ocorre dias antes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abrir audiência pública com sua proposta de reformulação do cálculo do PLD máximo e mínimo.

Segundo uma fonte do governo, na próxima terça-feira a Aneel deverá apresentar proposta que deve reduzir em cerca de 50 por cento o teto do PLD para 2015. A redução, que atende a pleitos das empresas que se manifestaram na área técnica da agência, deve ocorrer por conta da troca da usina termelétrica de referência do PLD máximo, hoje a de Camaçari, da Chesf, por outra mais barata.