Os contratos futuros de petróleo fecharam abaixo de US$ 60 por barril nesta terça-feira (11), pela primeira vez desde março de 2007 na New York Mercantile Exchange (Nymex), pressionados pelos temores renovados sobre a desaceleração da economia da China. O país importou menos petróleo que o esperado pelos analistas em outubro.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo WTI para dezembro cederam US$ 3,08 (4,94%) e fecharam a US$ 59,33 por barril. Incluindo as transações do sistema eletrônico, a mínima foi de US$ 58,32 e a máxima de US$ 62,28. Nas transações eletrônicas da ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para dezembro caíram US$ 3,37 (5,71%) e fecharam a US$ 55,71 por barril. A mínima foi de US$ 54,92 e a máxima de US$ 57,78 por barril.

A demanda chinesa por energia tem sido um fator primordial na oscilação dos preços do petróleo. A commodity subiu para níveis recordes entre 2004 e julho de 2008 diante do rápido crescimento do país e de outras economias em desenvolvimento. Agora, os sinais de que a taxa de crescimento chinês estão recuando jogam os preços para baixo.

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A China importou 16,16 milhões de toneladas de petróleo cru em outubro, o equivalente a 3,82 milhões de barris por dia, de acordo com dados preliminares da Administração Geral de Alfândega. O volume é 7,5% maior que o de setembro e 28% maior que o importado no mesmo período do ano passado.

"Os dados de importação da China foram responsáveis, definitivamente, pela queda dos preços. Mas as cotações também foram pressionadas pela valorização do dólar e pelo fraco cenário econômico mundial", disse Tom Bentz, corretor e analista do BNP Paribas.

Ele acrescentou que fato de o petróleo ter fechado bem abaixo das máximas, ontem, atraiu vendas mais agressivas nesta terça-feira.

A julgar pelas apostas dos investidores, as cotações podem cair ainda mais nos próximos dias. Eles acreditam que os preços podem recuar a US$ 55 por barril, ou mesmo US$ 50, até a próxima segunda-feira, quando vencem as opções dezembro na Nymex, afirmou Bentz.

A demanda fraca está se sobrepondo a outros fatores, que em tempos melhores teriam levantado os preços, como o clima frio no nordeste dos EUA e a perspectiva de um segundo corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). "Há uma série de fatores no lado da oferta que deveriam provocar um rali no mercado, mas como a demanda está fraca, será difícil que isso aconteça", disse Peter Beutel, presidente da consultoria Cameron Hanover. As informações são da Dow Jones. (Ana Conceição) Na Nymex, os contratos futuros de gasolina reformulada (RBOB) para dezembro fecharam com queda de US$ 0,0620 (4,53%), em US$ 1,3059 o galão. O contrato futuro de óleo para calefação para dezembro cedeu US$ 0,0766 (3,82%), para US$ 1,9290 o galão. As informações são da Dow Jones.

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