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Energia

Preço do combustivel dependerá do câmbio, diz conselheiro da Petrobras

O câmbio será um importante parâmetro na nova fórmula que está sendo elaborada pela Petrobras para ajustar os principais combustíveis da empresa, gasolina e diesel, que terá "muitas variáveis", segundo o membro do Conselho de Administração da Petrobras, Sergio Quintella.

A oscilação do real frente ao dólar é um dos principais problemas da empresa, que precisa importar os derivados a preços internacionais e ainda enfrenta, em certas épocas, uma moeda interna desvalorizada frente ao dólar, o que agrava suas perdas.

"É um mecanismo muito inteligente, muito bem formulado, ele procura levar em conta nos parâmetros principais que afetam o preço (do petróleo e derivados), como o câmbio", disse Quintella após apresentação da presidente da Petrobras, Graça Foster, na OTC Brasil 2013, que está sendo realizada no Rio de Janeiro.

"Ele estabelece determinadas épocas de reajuste, mas ainda não está definida qual será a época", explicou.

As variáveis que farão parte da fórmula serão a produção da empresa, sua capacidade de refino, a demanda na época do ajuste, entre outros parâmetros que serão relacionados com o preço do petróleo tipo Brent, óleo negociado no mercado europeu e que serve como referência para a Petrobras.

"Será alguma coisa que vai te dar estabilidade, não apenas financeira, mas uma garantia aos investidores e aos financiadores que a companhia tem uma política de preço definida", explicou.

Ele praticamente descartou uma rejeição da fórmula pelo Conselho de Administração da empresa, afirmando que o assunto vem sendo bastante discutido e agora faltam apenas "detalhes".

Segundo Quintella, o governo já deu o aval para a existência do modelo, que pretende ser um mecanismo que evite oscilações para cima ou para baixo, mas que não será um "colchão", como já existiu no modelo de preço do petróleo brasileiro no passado, a chamada conta-petróleo.

A conta-petróleo servia como um estabilizador de preços e vigorou no país até o início de 2002, quando foi substituída pela atual política da Petrobras, de equiparação de preços com o mercado internacional no longo prazo.

"Se você tem um câmbio, ele oscila, essa fórmula vai amortecer essas flutuações", disse. "Esse é o caminho, acho pessoalmente que está no caminho certo, estamos esperando algumas simulações que serão feitas e no dia 22 (de novembro) serão conhecidas", ressaltou.

O Conselho de Administração da empresa se reúne no dia 22 de novembro para apresentar as simulações que estão sendo feitas com as variáveis que definirão o preço.

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