O dólar à vista caiu 1,02%, para R$ 2,224| Foto: Ronaldo Schemidt/AFP PHOTO

A bolsa brasileira seguiu o caminho inverso das principais do mundo e subiu ontem, favorecida pelos papéis das estatais. E, na mesma onda do bom humor doméstico, o dólar caiu para o menor preço em cerca de cinco meses. O Ibovespa, principal índice do mercado acionário, fechou em alta de 2,1%, aos 52.155 pontos. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, caiu 1,02%, para R$ 2,224. E o comercial, usado no comércio exterior, teve baixa de 1,06%, para R$ 2,220 – ambas as cotações as menores desde 30 de outubro do ano passado.

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Como ocorreu em semanas anteriores, pesquisa eleitoral divulgada no último sábado, desta vez pelo Datafolha, mostrou perda de espaço da presidente Dilma Rousseff na corrida pelo Planalto, o que impulsionou as ações das empresas públicas, de acordo com analistas.

O argumento do mercado é que, com um governo diferente, essas companhias sejam menos usadas como instrumento político e possam ter uma gestão mais rentável. As ações mais negociadas da Petrobras subiram 6,61% ontem. As da Eletrobras, 1,53%. E as do Banco do Brasil, 5,64%. "No caso da Petrobras, a expectativa é que, não sendo Dilma no governo, corrija-se o valor da gasolina nas bombas, de forma que a empresa passe a visar o lucro", diz Elad Revi, analista da Spinelli Corretora. Pela política de preços do governo, a Petrobras importa derivados de petróleo, como diesel, a valores maiores que os de venda no Brasil.

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No exterior, principalmente nos EUA, a queda das bolsas foi impulsionada pela venda de ações ligadas à internet, consideradas caras demais por analistas. Em Nova York, o índice Nasdaq, termômetro de tecnologia, caiu 1,16%. O Dow Jones, 1,02%, e o S&P 500, 1,08%.