Foi o reajuste da gasolina nas refinarias da Petrobras que chamou atenção no fim de setembro, mas o preço que mais subiu na bomba desde então foi o do etanol.
Segundo as pesquisas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em duas semanas, o derivado da cana ficou 11,2% mais caro nos postos de Curitiba. O preço médio na cidade passou de R$ 2,115 por litro, na semana encerrada em 26 de setembro, para R$ 2,351, na semana passada. Na média de todo o Paraná, o preço subiu de R$ 2,146 para R$ 2,368 por litro, um aumento de 10,3%.
Enquanto isso, o valor da gasolina na bomba aumentou 6,4% em Curitiba, de R$ 3,171 para R$ 3,373 por litro. No estado todo, o preço do litro subiu 5,8%, passando de R$ 3,252 para R$ 3,44, conforme a ANP. Os porcentuais são próximos ao reajuste aplicado nas refinarias da Petrobras, de 6%.
Motivos
Parte da explicação para o aumento mais forte do álcool está na disparada dos preços cobrados pelas usinas. Na indústria paulista, responsável por mais da metade da produção nacional, o etanol subiu 17% em duas semanas. Segundo levantamento do Cepea/Esalq, o custo do combustível passou de R$ 1,30 para R$ 1,521 por litro, sem considerar os impostos.
Mas, em paralelo ao reajuste na origem, a margem de revenda do álcool nos postos também aumentou. Em duas semanas, a diferença entre o que o revendedor paga à distribuidora e o que ele cobra do consumidor subiu, em média, de R$ 0,249 para R$ 0,382 por litro em Curitiba, um aumento de 53,4%, segundo a ANP. No caso da gasolina, o aumento foi de 41%, para uma média R$ 0,412 por litro.