O ajuste trimestral do preço do gás boliviano vendido ao Brasil vai refletir em janeiro a queda da cotação do petróleo, disse o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, João Souto.

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O ajuste, feito de três em três meses, segue uma fórmula que inclui uma cesta de preços do petróleo.

"Vai depender também do câmbio, mas a expectativa do governo é de que fique em torno de 20 por cento (a queda de preço)", afirmou Souto à Reuters.

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O contrato de importação de gás da Bolívia foi assinado pelo Brasil em 1999 e tem duração de 20 anos. O acordo já foi objeto de conflito entre os dois países, o que fez a Petrobras desenvolver um plano para aumentar a produção de gás no Brasil para reduzir a dependência da Bolívia.

Souto destacou que a queda do preço do petróleo, cuja cotação hoje gira em torno dos 40-50 dólares depois de ter atingido o pico de 147 dólares em meados de 2008, só agora chega ao gás.

"Pela primeira vez em muito tempo a fórmula vai para baixo, porque o petróleo só vinha subindo", explicou o secretário, ressaltando que apesar de o preço ter despencado há meses, o impacto custa a chegar ao consumidor.

"O benefício não é instantâneo, demora para chegar ao consumidor", disse o executivo.