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Reajuste

Preço do litro da gasolina sobe e beira os R$ 3 em Curitiba

Posto que demorou mais para reajustar o preço da gasolina teve fila de carros para abastecimento | Daniel Castellano/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Posto que demorou mais para reajustar o preço da gasolina teve fila de carros para abastecimento (Foto: Daniel Castellano/Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Preço mais alto encontrado pela reportagem em Curitiba foi de R$ 2,99 para a gasolina comum. Mas, vários postos subiram preço para R$ 2,89 |

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Preço mais alto encontrado pela reportagem em Curitiba foi de R$ 2,99 para a gasolina comum. Mas, vários postos subiram preço para R$ 2,89

Não demorou nem um dia para o aumento do preço do combustível nas refinarias chegar ao consumidor em Curitiba. Ao longo da tarde desta quarta-feira (30), alguns postos da capital já apresentavam aumento de pelo menos 10 centavos no litro da gasolina, que chegou ao preço de R$ 2,99 na bomba. À meia-noite desta quarta, o governo federal autorizou o reajuste de 6,6% no valor do combustível vendido nas refinarias.

Donos de postos de gasolina alegam que trabalham com estoques de um dia e que, assim que receberam um novo carregamento de combustível, o valor reajustado teve que ser repassado aos motoristas que abasteceram nesta quarta.

De 30 postos pesquisados pela Gazeta do Povo, 14 já aumentaram o preço dos combustíveis. Destes, 10 cobravam R$ 2,99 pela gasolina. Até a terça-feira (29), o maior valor mais comum registrado na cidade era de R$ 2,89.

De acordo com o proprietário do posto Sprenger, José Sprenger, a margem de lucro dos estabelecimentos é apertada e o aumento é repassado quase que na íntegra ao consumidor. "Ganhamos na quantidade e não com a margem", afirma. Ele explica que os aumentos chegaram rápido as bombas em função dos baixos estoques dos postos. "As distribuidoras trabalham atualmente com uma reserva muito pequena de combustível. No posto, um estoque dura no máximo dois dias", explica.

Diesel

A Petrobras também reajustou o preço do diesel em 4,4%. O combustível, que semana passada era vendido, em média, a R$ 2,06 na cidade, agora já é encontrado a R$ 2,29, um aumento de mais de 11%.

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) estima que o reajuste pode impactar em até 3% no preço do frete rodoviário. "O setor irá sentir um aumento de, no mínimo, 2,5% no custo do frete, podendo chegar até 3% em algumas operações, nas quais o diesel representa mais de 50% do valor do frete", afirma o presidente da entidade, Sérgio Malucelli.

Postos já aumentaram preços no interior

Fabio Calsavara, do Jornal de Londrina; a Tatiane Salvatico, da Gazeta Maringá

O aumento no preço da gasolina já chegou também aos postos de Londrina e Maringá, as duas maiores cidades do interior do Paraná

Entre dez estabelecimentos consultados pelo Jornal de Londrina na manhã desta quarta-feira (30), um já havia reajustado o preço do litro do combustível de R$ 2,79 para R$ 2,89. Outros seis confirmaram que os preços aumentarão no período da tarde, com a chegada de novos carregamentos, e outros dois aplicarão o novo preço antes mesmo da nova compra de gasolina.

A Gazeta Maringá fez consulta semelhante, em Maringá, e constatou que três postos reajustaram o preço do litro do combustível em R$ 0,10 em média. Outros sete confirmaram que os valores vão aumentar até o próximo fim de semana.

O preço médio do litro da gasolina nos dez postos consultados de Londrina era de R$ 2,81 durante a manhã desta quarta-feira (30), com preços variando entre R$ 2,77 e R$ 2,89. Em Maringá, o preço médio da gasolina na cidade nesta manhã era de R$ 2,72, com valores que iam de R$ 2,45 a R$ 2,99.

Motoristas são pegos de surpresa

Paulo Henrique Vital, proprietário de um posto localizado no Jardim Canadá, em Maringá, disse que o anúncio da Petrobrás o pegou de surpresa. Segundo ele, o reajuste nacional era esperado para 1º de fevereiro. "A ideia era fazer uma compra grande nesta quarta-feira para estocar combustível e manter os preços mais baixos por mais tempo, o que não será possível." No início da próxima semana, a gasolina será comercializada por R$ 2,99 no posto de Vital.

Para o diretor do Núcleo Municipal de Proteção ao Consumidor (Procon) de Londrina, Rodrigo Brum da Silva, os reajustes podem ser feitos, desde que sigam o aumento indicado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). "Qualquer outra situação é irregular e precisa ser denunciada ao Procon", alertou.

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