A alta no preço dos alimentos e dos itens de vestuário puxou a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe em setembro. Entre os produtos que têm pressionado a inflação está a carne bovina, que está na entressafra. O IPC fechou o mês com a segunda maior taxa de inflação do ano, 0,25%. A maior alta havia sido registrada em janeiro (0,50%). Em agosto, a inflação acumulada foi de 0,12%.

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Apesar da alta, o índice ficou em linha com a previsão inicial da Fipe para o mês e confirma o cenário de estabilidade de preços neste ano. Para 2006, a Fipe espera uma taxa de inflação de apenas 2% (o número foi revisado pela instituição, que previa 4% no início do ano).

Os preços do grupo Alimentos subiram 0,88% no mês. Também contribuíram para a alta os gastos com Saúde, que subiram 0,33%, Vestuário (0,27%) e Despesas Pessoais (0,23%). O item Educação também teve alta, de 0,11%. Os preços do vestuário são influenciados pela chegada da coleção primavera-verão, após as liquidações de inverno nos dois meses anteriores.

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No sentido contrário, houve deflação nos preços da Habitação (-0,01%) e Transportes (-0,11%). Esse último item tem apresentado queda, devido ao recuo no preço dos combustíveis, especialmente do álcool.

Todos índices de inflação divulgados em setembro – mesmo aqueles que apresentaram ligeira alta – têm mostrado que os preços continuam sobre controle. Já os indicadores de produção e emprego mostram uma economia em lenta recuperação. Esse cenário reforça as apostas em novos cortes na taxa de juros nas duas reuniões do Banco Central até o fim do ano. Hoje, a taxa Selic está em 14,25% ao ano. A aposta é de pelo menos mais dois cortes de 0,25 ponto percentual.

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