Com uma política agressiva de preços baixos, frete grátis e isenção de impostos, o site chinês AliExpress.com cresceu 150% no ano passado e se tornou líder em vendas internacionais para o Brasil, alcançando 50% desse mercado. Os dados fazem parte do relatório WebShoppers 2015, divulgado no início de fevereiro pela empresa E-bit e considerado um retrato do comércio digital brasileiro.
O avanço levou o AliExpress.com a superar o eBay e a Amazon, até então as líderes no segmento. Ambas praticamente mantiveram o porcentual de vendas para o Brasil (28% para eBay e 25% para Amazon), mas viram, ao longo do ano, o site chinês subir de 20% para 50% na preferência do consumidor brasileiro.
O principal atrativo dos chineses são os preços baixos, apontados por 85% dos consumidores como razão para a escolha – o índice é de 78%, se excluídos os sites chineses. “O brasileiro aprende rapidamente onde é mais barato. Ele viu que comprar ali é muito mais em conta e vai continuar comprando”, diz Maurício Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Também contribuem para fisgar o internauta brasileiro a política de frete grátis, oferecido por 76% dos sites da China, frente a 38% das lojas virtuais dos demais países. Os asiáticos também são imbatíveis na cobrança de impostos: a prática foi relatada por 41% dos clientes de sites de outros países, contra 26% de quem comprou da China.
Outro trunfo é a ampliação do uso da língua portuguesa nos sites. Entre janeiro e dezembro, considerando todos os comércios internacionais, o avanço das lojas com anúncios em português foi de 45% para 55%. Assim, a língua falada no Brasil superou, pela primeira vez, o inglês, cujo uso caiu de 51% para 42%. “Os sites chineses perceberam a importância do público brasileiro para os negócios, traduzindo os sites para o português”, diz a pesquisa.
O principal mercado dos asiáticos é o de moda e acessórios, que tem taxa de compras acima da média dos sites de outros países: 52% na China, contra 18% das demais lojas internacionais. Também se destaca o segmento de eletrônicos, responsável por 38% das vendas chinesas, índice que cai para 27% nas lojas restantes.
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