Apple marca o território
No fim de janeiro a Apple deu um recado ao mundo: não mexam com o nosso multitoque. A empresa de Steve Jobs obteve a patente dos gestos naturais com os dedos, um dos grandes atrativos do iPhone. A exclusividade de uso do multitouch não está limitado aos celulares, mas a qualquer "dispositivo computacional". A obtenção da patente acrescenta mais munição para a empresa desenvolver novos produtos multitouch. A Palm, porém, já partiu para a briga ao lançar, em janeiro, o celular Pre, que também usa gestos com os dedos. A empresa afirma ter argumentos para se defender de uma possível ação na Justiça.
São Paulo - Apesar do touchscreen e do seu primo mais rico, o multitouch, não serem tecnologias exatamente novas, não há nada mais "cool" em termos de interface tecnológica neste momento ao menos é essa a impressão que os fabricantes de eletrônicos querem passar. A lista de lançamentos com tela sensível ao toque parece não ter fim e abrange toda sorte de aparelhos, nada escapa. Mas afinal o que está por trás da ascensão meteórica de aparelhos touchscreen nos últimos anos?
Em janeiro de 2007, o iPhone, com sua surpreendente tela multitouch, foi mostrado pela primeira vez e, nos meses seguintes, protagonizou um fenômeno de marketing espontâneo sem igual, conquistando espaço sem precedentes no imaginário das pessoas. De repente, uma velha invenção em uma belíssima e moderna roupagem, é verdade havia se tornado algo, digamos, mágico. Quando ele finalmente chegou as prateleiras, seis meses depois, consumidores mais entusiasmados acampavam diante das lojas.
"A revolução representada pelo iPhone é comparável à do surgimento do mouse. O multitouch facilita muito a interação das pessoas com a máquina", afirmou sem modéstia Fábio Ribeiro, porta-voz da Apple no Brasil. O fascínio despertado pelo celular da maçã explica, em parte, o "boom" de produtos com telas sensíveis ao toque. Infelizmente a interface de diversos desses aparelhos costuma deixar muito a desejar e nem de longe lembra o gadget criado pela empresa de Steve Jobs.
A Palm, que prepara o lançamento do mais forte concorrente ao iPhone até hoje, o Palm Pre, também acredita que a tecnologia multitoque é uma revolução. "O touch é o melhor jeito de interagir sem sombra de dúvida. No futuro ninguém vai saber como era teclado e mouse", afirmou Marcelo Venga, diretor de marketing da empresa.
Além do sucesso do iPhone, também a queda dos preços de telas sensíveis ao toque explicam a grande oferta de equipamentos do tipo. "O touchscreen é uma tecnologia de pelo menos três décadas, mas sua recente popularidade deve-se ao seu natural barateamento", disse ao Link Don Norman, cofundador da consultoria Nielsen Norman Group e autor do livro Design Emocional (Editora Rocco).
Isso, somado ao fato de que a cada dia estamos rodeados por mais telas, demonstra que a tendência que vemos hoje deve prosseguir. "Esperamos uma significante expansão das interfaces de toque em uma vasta seara de itens nos próximos três a cinco anos", disse ao Link Paul Drzaic, presidente da SID, a maior organização mundial dedicada ao desenvolvimento de telas eletrônicas.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast