Curitiba Vencer o preconceito é um dos principais desafios da indústria de cosméticos para conquistar os ho-mens. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene, Perfumaria e Cosméticos (Abhipec), apenas dois em cada dez homens estão conscientes da necessidade de produtos para pele. "O consumo está aumentando, mas a conscientização ainda é pequena e o homem continua preconceituoso", diz o presidente da entidade, João Carlos Basílio da Silva. "Há uma rejeição por parte deles até no uso de protetor solar, por exemplo, comprovadamente necessário por causa dos efeitos dos raios solares."
Segundo Silva, a indústria do setor está tentando se organizando para informar a população sobre a importância de al-guns tipos de produtos. "Sem dúvida esse consumo faz parte de um processo educativo. Começa com as crianças, que querem imitar os pais", diz. "Depois, uma coisa puxa a outra. Eles começam a usar o filtro solar e percebem a necessidade de um hidratante, por exemplo."
Para o diretor comercial da Natuflora, Levi Isaac Kann, o crescimento desse mercado é uma questão de tempo. "A utilização de cosméticos por homens veio sempre a reboque do hábito femenino. Foi assim até com desodorantes e xampus, por exemplo. Imagino que com os demais produtos o processo seja semelhante." A empresa já fabricava cremes de barbear e loções pós-barba e agora está ampliando a linha masculina com o lançamento de uma loção hidratante específica para eles. "Ela é diferente das tradicionais, para atender o gosto dos homens. Não é oleosa, por exemplo, e tem um spray, para facilitar a aplicação."
De acordo com Kann, a Natuflora investiu R$ 20 mil no desenvolvimento desse produto. "Levamos um ano para completar o projeto e alcançar um alto grau de satisfação nos testes com consumidores." O diretor quer agora avaliar o desempenho do produto para definir novos lançamentos. "Já temos alguns projetos em andamento. A expectativa é que o segmento masculino chegue a 15% ou 20% da nossa produção."
Para a gerente de comunicação e marketing da empresa paranaense Chlorophylla, Deise Bautzer, o comportamento de compra dos homens é diferente. "Os picos de vendas são menos sazonais e a compra é baseada em funcionalidade." Segundo a executiva, a empresa está apostando nesse segmento ampliando suas linhas de perfumaria. "Se considerarmos as linhas masculinas para adultos e jovens, estamos falando de 21% do faturamento da empresa. E esse porcentual vem crescendo em função dos últimos lançamentos." Deise não divulga, no entanto, o valor investido pela empresa nos cosméticos para homens.
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