As siderúrgicas no Brasil podem reduzir os preços de alguns produtos de aços planos no mercado interno até setembro, afirmou à Reuters o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro.
As condições para usinas locais estão piorando por conta da estagnação dos preços internacionais, e devido à redução do poder de precificação dos produtores frente ao ganho de 3,4 por cento do real frente ao dólar neste ano, complementou Loureiro.
A Usiminas, maior fabricante de aços planos do Brasil, e suas concorrentes CSN e a unidade local da ArcelorMittal, tem evitado anunciar futuros aumentos de preço para alguns tipos de chapas e produtos laminados a quente e a frio, disse Loureiro em uma entrevista. A ameaça de importações está refreando as companhias de aumentar seus preços, explicou o executivo.
"A situação é simples: não há espaço para aumentos porque o ambiente do mercado está bastante complexo neste momento", disse Loureiro.
Dados preliminares indicam que o estoque de aços planos na distribuição terminou maio representando 3,7 meses de vendas, contra 3,5 meses em abril e 3,1 meses em março, segundo ele.
O Inda deve divulgar os estoques de maio a partir da semana que vem.
As observações de Loureiro denotam que a pior crise do setor siderúrgico em vários anos deve persistir em 2011. Distribuidores provavelmente aumentaram seus estoques da commodity em maio, sugerindo que o maior desafio do setor é combater o grande número de importações da China, Turquia e outros mercados emergentes.
Vendas de produtos de aço planos, que são principalmente usados para a produção de componentes para carros, eletrodomésticos e maquinários, deve crescer até 10 por cento neste ano, abaixo da previsão anterior da Inda, de 15 por cento.
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