• Carregando...

Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (21) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que em julho a diferença de preços de um mesmo alimento chegou a ultrapassar 100%. O estudo foi feito nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O economista André Braz, da FGV, alerta que, embora o preço dos alimentos venha se desacelerando, como indicam os índices mais recentes de inflação, ainda continua em nível alto. Por isso, a pesquisa reforça a necessidade de evitar a compra por impulso. "Num contexto de alta de preços, vale a pesquisa antes de decidir pela compra", afirmou. Segundo o economista, esta é a primeira pesquisa desse tipo.

Em São Paulo, dos 11 produtos pesquisados em supermercados, mercados de hortifrútis, quitandas e feiras, o tomate foi o que apresentou a maior variação: 110,69% de diferença entre o menor preço (R$ 1,59 o kg) e o maior preço (R$ 3,35). No Rio de Janeiro, o tomate também teve a maior disparidade (75,38%), com o menor preço de R$ 1,99 o kg e o maior, R$ 3,49. Já em Belo Horizonte, o preço da alface lisa variou de R$ 0,50 a R$ 1,09 a unidade, uma diferença de 118%.

Segundo Braz, a disparidade no preço de alimentos in natura, que são mais voláteis, ocorre pelo poder de barganha de grandes supermercados, que podem vender o produto com preço menor que o praticado até mesmo nas feiras livres. "O supermercado tem poder de negociação maior e tende a oferecer mais competitividade, as feiras não. No fim da feira tem até aquela flutuação de preço, mas você vai trocar qualidade por preço menor", disse.

A diferença de preços de alimentos industrializados, por sua vez, pode ser explicada pela concorrência entre marcas e entre redes de supermercados. Em São Paulo, o arroz branco fino tipo 1, por exemplo, custava em julho de R$ 9,58 a R$ 13,45 o saco de 5 kg, com uma disparidade de 40,40%. O mesmo produto vendido no Rio e em Belo Horizonte apresentou diferença de preço de 32,38% e 41,21%, respectivamente. "Com a concorrência entre marcas e entre redes, o consumidor pode ter uma boa economia. Mas nem sempre ele vai seguir só pelo menor preço."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]