Os preços dos alimentos registraram leve aceleração de abril para maio, com a inflação no grupo passando de 0,58% para 0,63%, considerando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo dados divulgados mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA geral apontou inflação de 0,47% em maio, ante 0,77% de abril.
Entre os alimentos, os destaques negativos de abril para maio foram o tomate (de -18,69% para 9,41%) e o leite pasteurizado (de 2,66% para 3,15%). "O tomate voltou a apresentar pressão, devido a problemas de clima", disse a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. "As carnes, apesar de não terem tido um aumento expressivo, saíram de uma queda em abril, então exercem influência na taxa. O aumento de 0,27% em maio não foi generalizado, foi provocado por três regiões importantes onde houve aumento (dos preços) da carne."
De acordo com o IBGE, registraram quedas nos preços de abril para maio o frango inteiro (de 0,03% para -2,02%), os ovos (de 4 41% para -1,15%) e o feijão preto (de 0,31% para -0,83%), entre outros itens.
Transportes
A queda de preços no grupo Transportes foi determinante para a desaceleração do IPCA de abril para maio. O grupo, que registrou alta de 1,57% em abril, passou para uma queda de preços de 0,24% em maio, em grande parte devido ao comportamento dos combustíveis, que saíram de uma variação positiva de 6,53% em abril para uma queda de 0,35% em maio.
O litro do etanol teve queda de 11,34% em maio, após ter subido 11,20% em abril. O produto foi o principal impacto negativo no índice no mês (-0,06 ponto porcentual). Já a alta de preços do litro da gasolina desacelerou de 6,26% em abril para 0,85% em maio. Também contribuíram para o recuo no grupo as passagens aéreas (de -9,42% em abril para -11,57% em maio), os automóveis novos (de -0,28% em abril para -0,58% em maio) e os usados (de -0,53% em abril para -1,26% em maio).