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Prefeitura exige obras do Pátio Batel

Trecho da Rua Dom Pedro II, nos fundos do Pátio Batel: grupo Soifer terá de derrubar parte do bosque para abrir rua | Marcelo Andrade / Gazeta do Povo
Trecho da Rua Dom Pedro II, nos fundos do Pátio Batel: grupo Soifer terá de derrubar parte do bosque para abrir rua (Foto: Marcelo Andrade / Gazeta do Povo)

Ainda sem data para inauguração, o shopping Pátio Batel acaba de receber da prefeitura de Curitiba uma extensa lista de medidas compensatórias e adequações urbanas e viárias. O primeiro conjunto de obras, de acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU), precisa estar pronto em quatro meses. Caso contrário, além de não receber o alvará que autoriza a abertura, o shopping sofrerá multas diárias.

O cronograma foi acertado no dia 14 entre o empreendedor e a SMU, com a assinatura de um Compromisso de Ajustamento de Conduta pelo Grupo Soifer, responsável pelo shopping. O grupo informou que pretende finalizar o primeiro grupo de obras bem antes de 14 de outubro, prazo máximo estabelecido no compromisso. As demais requisições têm prazos entre seis e oito meses.

Laudo e alvará

Além de cumprir o primeiro grupo de obras em até quatro meses, o shopping precisa do laudo final do Corpo de Bombeiros para abrir as portas. "Por enquanto, o que o Pátio Batel tem é uma consulta prévia, que dá permissão para tirar um CNPJ. Depois de tudo concluído e do laudo dos bombeiros, os lojistas podem requerer seus alvarás individuais", disse o secretário de Urbanismo, Reginaldo Cordeiro.

De acordo com a SMU, o shopping se comprometeu a cumprir as medidas mitigadoras para compensar o impacto causado no entorno pelo centro comercial, que tem 137,5 mil metros quadrados construídos.

Mudanças

Questionado sobre possíveis mudanças nas adequações exigidas ao empreendimento, desde o projeto inicial, ainda na gestão anterior da prefeitura, o secretário de Urbanismo disse que "algumas coisas foram modificadas", mas não especificou quais. Citou somente a abertura da Rua Hermes Fontes como exemplo de nova exigência ao empreendedor.

"Diante do aumento do tamanho da obra em área construída, que anteriormente era de 110 mil metros quadrados e passou para mais de 137 mil, surgiu essa necessidade, por causa do tráfego de veículos", explicou. No projeto original, a Rua Hermes Fontes seria usada somente para saída do estacionamento do Pátio Batel e para carga e descarga (docas). Agora, a rua de ser aberta, ligando as vias paralelas – Desembargador Costa Carvalho e Francisco Rocha – nos fundos do shopping.

Depois de pronto, o Pátio Batel terá 200 operações, quatro lojas-âncora e mais de dez megalojas, totalizando quase 30 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL). Os cinco níveis de garagem terão 2,3 mil vagas cobertas.

Custo

O shopping informou que todas as obras requisitadas pela prefeitura serão cumpridas no prazo e que seu custo não foi calculado. "Está dentro dos R$ 280 milhões de investimento do Grupo Soifer, como originalmente informado", diz a nota enviada à Gazeta do Povo.

Impacto

Para abrir rua, parte de bosque será derrubada

O primeiro conjunto de obras que o Pátio Batel deve cumprir até 14 de outubro inclui desde itens básicos – como adequação à rede de coleta e tratamento de efluentes e implantação de sistema de drenagem de águas pluviais – até questões complexas, como a reestruturação da pavimentação da Rua Hermes Fontes entre as ruas Desembargador Costa Carvalho e Francisco Rocha.

Na prática, essa medida implica abrir a via nos fundos do terreno do Pátio Batel, onde há um bosque. A área verde, com cerca de 3,5 mil metros quadrados, pode ser vista de três acessos ao terreno do shopping, atualmente fechados, a partir das ruas Bruno Filgueira, Dom Pedro II e Hermes Fontes.

No termo de compromisso, o item referente à Rua Hermes Fontes cita a necessidade de reestruturação da via, prevendo caixa da rua com 20 metros e pista de 11 metros de largura, atingindo dois imóveis próximos (não especificados). O empreendimento, diz o termo, deverá aprovar novo projeto geométrico conforme diretrizes do Ippuc. A retirada da mata foi autorizada pela secretaria do Meio Ambiente, e o empreendedor terá de fazer a compensação plantando árvores em outro local.

Outra obra que deve gerar impacto é o alargamento da Rua Francisco Rocha, entre a Avenida Batel e a Vicente Machado, em mais 2,5 metros. A via terá mais uma pista para veículos e terá as calçadas reduzidas, como ocorreu na Desembargador Costa Carvalho.

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