Cronograma
Confira as medidas que o Grupo Soifer deve cumprir:
Em até quatro meses
Executar todos os reparos de danos causados ao sistema viário e sinalização em decorrência das obras do empreendimento
Sistema de drenagem de águas pluviais
Ligar o empreendimento à rede de coleta e tratamento de efluentes da Sanepar
Correção geométrica no cruzamento da Av. Vicente Machado e Rua Gal. Mário Tourinho e sinalização viária.
Sinalização horizontal e vertical para implantação de sentido único na Av. Vicente Machado e Rua Mal. José Bernadino Bormann, e correções geométricas
Sinalização viária na Rua Francisco Rocha até a Av. Visconde de Guarapuava
Reestruturar pavimentação da Rua Hermes Fontes (entre as ruas Des. Costa Carvalho e Francisco Rocha), prevendo caixa da rua com 20 m e pista de 11 m de largura entre a Rua Des. Costa Carvalho e o acesso ao empreendimento, atingindo dois imóveis próximos, com redução do recuo frontal de 10 m para 8 m
Sinalização semafórica e complementar para cinco cruzamentos de ruas do bairro
Paisagismo e rampas de acesso especial nas esquinas da Avenida Batel, na quadra do empreendimento
Aprovar novo projeto geométrico para a via, conforme diretrizes do Ippuc, como também para os demais projetos de engenharia viária
Sinalização horizontal na Avenida do Batel, entre as ruas Gonçalves Dias e Francisco Rocha, para harmonizar com o semáforo a ser implantado no cruzamento da Avenida do Batel com a Rua Bruno Filgueira
Em até seis meses
Alargamento e obras complementares de engenharia viária que se fizerem necessárias nas seguintes vias: Av. Vicente Machado, entre as ruas Bruno Filgueira e Francisco Rocha; e Rua Francisco Rocha, entre as avenidas Vicente Machado e do Batel
Em até oito meses
Projeto executivo de engenharia viária para o prolongamento da Alameda Dr. Carlos de Carvalho, entre as ruas Jerônimo Durski e Gal. Mário Tourinho, conforme diretrizes do Ippuc
Fonte: Secretaria Municipal de Urbanismo
Ainda sem data para inauguração, o shopping Pátio Batel acaba de receber da prefeitura de Curitiba uma extensa lista de medidas compensatórias e adequações urbanas e viárias. O primeiro conjunto de obras, de acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU), precisa estar pronto em quatro meses. Caso contrário, além de não receber o alvará que autoriza a abertura, o shopping sofrerá multas diárias.
O cronograma foi acertado no dia 14 entre o empreendedor e a SMU, com a assinatura de um Compromisso de Ajustamento de Conduta pelo Grupo Soifer, responsável pelo shopping. O grupo informou que pretende finalizar o primeiro grupo de obras bem antes de 14 de outubro, prazo máximo estabelecido no compromisso. As demais requisições têm prazos entre seis e oito meses.
Laudo e alvará
Além de cumprir o primeiro grupo de obras em até quatro meses, o shopping precisa do laudo final do Corpo de Bombeiros para abrir as portas. "Por enquanto, o que o Pátio Batel tem é uma consulta prévia, que dá permissão para tirar um CNPJ. Depois de tudo concluído e do laudo dos bombeiros, os lojistas podem requerer seus alvarás individuais", disse o secretário de Urbanismo, Reginaldo Cordeiro.
De acordo com a SMU, o shopping se comprometeu a cumprir as medidas mitigadoras para compensar o impacto causado no entorno pelo centro comercial, que tem 137,5 mil metros quadrados construídos.
Mudanças
Questionado sobre possíveis mudanças nas adequações exigidas ao empreendimento, desde o projeto inicial, ainda na gestão anterior da prefeitura, o secretário de Urbanismo disse que "algumas coisas foram modificadas", mas não especificou quais. Citou somente a abertura da Rua Hermes Fontes como exemplo de nova exigência ao empreendedor.
"Diante do aumento do tamanho da obra em área construída, que anteriormente era de 110 mil metros quadrados e passou para mais de 137 mil, surgiu essa necessidade, por causa do tráfego de veículos", explicou. No projeto original, a Rua Hermes Fontes seria usada somente para saída do estacionamento do Pátio Batel e para carga e descarga (docas). Agora, a rua de ser aberta, ligando as vias paralelas Desembargador Costa Carvalho e Francisco Rocha nos fundos do shopping.
Depois de pronto, o Pátio Batel terá 200 operações, quatro lojas-âncora e mais de dez megalojas, totalizando quase 30 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL). Os cinco níveis de garagem terão 2,3 mil vagas cobertas.
Custo
O shopping informou que todas as obras requisitadas pela prefeitura serão cumpridas no prazo e que seu custo não foi calculado. "Está dentro dos R$ 280 milhões de investimento do Grupo Soifer, como originalmente informado", diz a nota enviada à Gazeta do Povo.
Impacto
Para abrir rua, parte de bosque será derrubada
O primeiro conjunto de obras que o Pátio Batel deve cumprir até 14 de outubro inclui desde itens básicos como adequação à rede de coleta e tratamento de efluentes e implantação de sistema de drenagem de águas pluviais até questões complexas, como a reestruturação da pavimentação da Rua Hermes Fontes entre as ruas Desembargador Costa Carvalho e Francisco Rocha.
Na prática, essa medida implica abrir a via nos fundos do terreno do Pátio Batel, onde há um bosque. A área verde, com cerca de 3,5 mil metros quadrados, pode ser vista de três acessos ao terreno do shopping, atualmente fechados, a partir das ruas Bruno Filgueira, Dom Pedro II e Hermes Fontes.
No termo de compromisso, o item referente à Rua Hermes Fontes cita a necessidade de reestruturação da via, prevendo caixa da rua com 20 metros e pista de 11 metros de largura, atingindo dois imóveis próximos (não especificados). O empreendimento, diz o termo, deverá aprovar novo projeto geométrico conforme diretrizes do Ippuc. A retirada da mata foi autorizada pela secretaria do Meio Ambiente, e o empreendedor terá de fazer a compensação plantando árvores em outro local.
Outra obra que deve gerar impacto é o alargamento da Rua Francisco Rocha, entre a Avenida Batel e a Vicente Machado, em mais 2,5 metros. A via terá mais uma pista para veículos e terá as calçadas reduzidas, como ocorreu na Desembargador Costa Carvalho.
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