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São Paulo (Folhapress) – Ontem foi o último dia de negociações no pregão viva-voz (ao vivo) da Bolsa de Valores de São Paulo, extinto após o encerramento dos negócios. Segundo a Bovespa, a migração do pregão viva-voz para o sistema eletrônico segue uma tendência mundial de modernização de processos tecnológicos ocorridos ao longo da última década.

A representatividade nas negociações ao vivo vem perdendo espaço para o pregão eletrônico há alguns anos. No mês passado, por exemplo, 97,08% das transações foram feitas por meio eletrônico e apenas 2,92% no pregão viva-voz.

No início da década de 90, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores do Mercado de Capitais de SP (Simc)), cerca de 1,2 mil operadores atuavam no pregão ao vivo. Esse número foi reduzido gradualmente e, há um mês, menos de 40 profissionais ocupavam a área do viva-voz.

O espaço do pregão viva-voz não será fechado, mas também não terá mais a agitação dos operadores e a disputa "grito a grito" para fechar o melhor negócio – principal símbolo da Bolsa.

A Bovespa informou que a partir de hoje iniciará um processo de reformulação do espaço do seu edifício-sede, localizado no centro de São Paulo. A reforma deve ser concluída até 25 de janeiro de 2006 a tempo de fazer da inauguração do novo pregão mais uma homenagem ao aniversário de São Paulo.

O espaço de cerca de 750 metros quadrados será dividido em dez ambientes, todos voltados à integração do público com o mercado de capitais. Terá mesa de operações para simulação de negócios, sala para projeção de filme em terceira dimensão (3D) sobre o funcionamento da Bolsa, museu interativo sobre a história do mercado de capitais, um auditório de 70 lugares para cursos e palestras sobre o mercado, três salas de atendimento para as corretoras se apresentarem aos visitantes, púlpito para a realização de leilões e eventos especiais no pregão, além de um café.

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