O prejuízo da Renault do Brasil triplicou no ano passado. A montadora francesa, que tem fábrica em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), registrou perdas líquidas de R$ 828 milhões em 2015. No ano anterior, o resultado havia ficado negativo em R$ 270 milhões.
O número foi o pior desde 2002, quando a companhia teve prejuízo de pouco mais de R$ 1,4 bilhão. A empresa ficou no vermelho em 11 de seus 17 anos no país.
INFOGRÁFICO: Confira a série histórica de lucros e prejuízos da Renault no Brasil
No balanço anual publicado na sexta-feira (29) no Diário Oficial do Paraná, a Renault ressaltou a “forte turbulência econômica no cenário nacional”, que “teve consequência direta e negativa nos resultados de praticamente todos os setores da economia brasileira”. Conforme dados da Anfavea, associação que representa as montadoras, as vendas de automóveis no país recuaram 26,5% e a produção, 22,8%.
A retração da Renault foi um pouco mais suave que a da média nacional. O número de veículos produzidos em São José dos Pinhais baixou 20%, de 253,7 mil em 2014 para 202,1 mil em 2015. E as vendas no Brasil recuaram 23,5%, de 237,2 mil para 181,5 mil. Com isso, a participação da marca francesa no mercado doméstico subiu 0,2 ponto porcentual em relação a 2014 e alcançou 7,3% do total de automóveis vendidos no país, maior nível de sua história.
A tendência continua a mesma neste ano, com a Renault caindo um pouco menos que a média de todas as empresas. As vendas da empresa no mercado brasileiro caíram 27% no primeiro trimestre, enquanto que o mercado todo encolheu 28,4%.
A empresa disse no balanço que, apesar dos resultados negativos do setor, “manteve inalterados seus investimentos em 2015 e continuará a investir como planejado em 2016”.
Produtos
Ao comentar seus produtos, a empresa destacou o lançamento da picape Duster Oroch – “um dos modelos mais premiados da história da Renault no Brasil” – e de duas versões do Sandero (RS e GT Line), além da manutenção do Sandero como um dos dez veículos mais vendidos do país e do utilitário Master como o líder de seu segmento.
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